Aché aposta na biodiversidade brasileira, parcerias e IA para desenvolver novos medicamentos

Uma investigação no bioma amazônico, que começou ainda em 2021, levou o Aché Laboratórios a aprovar no ano passado dois projetos para o desenvolvimento de novos medicamentos: um para o tratamento de psoríase e o outro, para doenças metabólicas.

Ambos foram selecionados a partir de parcerias com universidades e startups, e fazem parte do programa Bioprospera, iniciativa que é um dos braços de inovação aberta da companhia, atualmente com nove projetos no pipeline. Ainda em fase inicial de pesquisa, os potenciais novos remédios refletem o esforço da farmacêutica para apostar em oportunidades que a biodiversidade brasileira pode trazer, relata Édson Bernes, diretor de Inovação da empresa.

O principal desafio do Aché é gerar inovação em uma indústria que requer tempo – tanto no desenvolvimento das pesquisas quanto nos testes de qualidade, eficácia e segurança. “Muitas provações são necessárias para atestar a eficácia e segurança dos produtos, além da escalabilidade para a área fabril. Tudo isso leva muita ciência e muito tempo. São ciclos mínimos de quatro ou cinco anos, quando falamos de produtos similares ou genéricos. É o período de tempo mais curto com o qual lidamos hoje”, relata Bernes.

Dengue: Vacina está disponível apenas no SUS

Em hospitais e laboratórios particulares de São Paulo quase já não é mais possível encontrar vacina contra a dengue. Após procurados, ao menos três grupos da capital paulista afirmaram que a quantidade de vacinas disponível é limitada.

Segundo a Takeda, fabricante da Qdenga, imunizante contra a dengue aprovado pela Anvisa, serão priorizados apenas os pedidos de vacina vindos do Ministério da Saúde.

O objetivo da decisão, de acordo com a farmacêutica, é promover acesso ao imunizante contra a dengue de forma integral e gratuita, prezando as demandas do PNI (Plano Nacional de Imunização). A empresa ainda disse estar comprometida na busca por parcerias com laboratórios públicos para aumentar a produção vacinal.

Estudos indicam que café pode reduzir risco de diabetes

Embora o consumo excessivo de café seja visto com maus olhos, diversos estudos têm demonstrado que há uma correlação benéfica entre a ingestão da bebida e a redução de risco de diabetes tipo 2.

De acordo com uma das pesquisas mais recentes, feita pelo periódico BMJ, ingerir um alto índice de cafeína que equivale de três a cinco xícaras diárias sem açúcar pode reduzir o nível de gordura, além de prevenir a diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisarem duas variantes genéticas comuns dos genes CYP1A2 e AHR (associados à velocidade do metabolismo da cafeína no corpo) em quase 10 mil pessoas que participaram de seis estudos de longo prazo.

Já um estudo publicado em 2021 afirma que pessoas que tomam de três a quatro xícaras de café por dia têm um risco 25% menor de desenvolver a doença em comparação às pessoas que tomam pouco ou nenhum café. A probabilidade de desenvolver diabetes diminui em cerca de 6% para cada xícara de café consumida diariamente, mas somente até cerca de seis xícaras.

Novo Nordisk dispara após teste de remédio para emagrecer

A Novo Nordisk, fabricante dinamarquesa de Ozempic e Wegovy, viu suas ações atingirem a máxima histórica nesta quinta (7) após ter anunciado avanço nos testes de um novo medicamento para perda de peso.

Os papéis subiram 8%, levando o valor de mercado da empresa para US$ 566 bilhões (R$ 2,79 trilhões), à frente de Tesla e Visa, segundo números citados pela agência Reuters.

A dinamarquesa segue atrás da principal competidora, a americana Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, que soma valor de mercado de US$ 741 bilhões.