Raia Drogasil volta a focar em SP e vê rivais com dificuldades no país
A empresa chegou a abrir de 30% a 40% das novas unidades na região entre 2017 e 2019, segundo dados de balanço, mas a fatia se reduziu. Em 2022, 10% das inaugurações ocorreram no Estado, e a ideia é acelerar esse percentual.
Foram 26 inaugurações no Estado paulista em 2022, e houve uma retomada em 2023, para 63. Para este ano, esse número deve ficar na faixa de 60 a 70, disse o CEO, Marcílio Pousada. Se chegar nos 70, será até 25% das aberturas. Estão previstas de 280 a 300 inaugurações em todo o país neste ano.
“Expansões têm caráter cíclico, a gente faz lojas e depois para e espera, para respirar, esperar amadurecer. Em São Paulo deixamos assim, e aí respiramos muito, então, estamos voltando”, disse em teleconferência ontem Eugenio De Zagottis, vice-presidente de relações com investidores e novos negócios.
A percepção no mercado é que há espaço para aceleração maior da rede em certas cidades do Estado – mesmo sendo uma região com grande quantidade de lojas – e que isso ficou em segundo plano, pelo foco maior da cadeia no Sul, Nordeste e Centro-Oeste.
Não se trata de sair abrindo de forma “desenfreada”, dizem os executivos, mas parte de um ajuste interno. O grupo também nega ser uma reação a um aumento da rivalidade local, e continua a ver um ambiente de redes menores, de 30 a 40 lojas, com dificuldades financeiras no país, algo que cresceu após a alta na taxa Selic.
“São Paulo é um mercado excepcional para a gente, mas para o resto é a Sibéria. Os outros se perdem porque é uma competição com os dois maiores do país. E nós dois estamos jogando em casa”, diz Zagottis. Apesar disso, há movimentos recentes de grande grupos. A Farmácias Nissei, do Paraná, após financiamento do Farallon Capital fechado em 2023, vai focar aberturas em 2024 no Estado.
