Eurofarma anuncia recompra de três emissões de debêntures e deve desembolsar cerca de R$ 2,6 bi

A Eurofarma anunciou a recompra antecipada de três séries de debêntures (2ª, 3ª e 4ª). A companhia vai financiar a operação com uma nova oferta de R$ 3 bilhões.

O objetivo da empresa é recomprar 1 milhão de debêntures da 2ª série, 1 milhão de debêntures da 3ª série e 500 mil debêntures da 4ª série. A estimativa é que para isso sejam desembolsados cerca de R$ 2,6 bilhões.

A recompra está programada para o dia 25 de março.

Os valores poderão sofrer alterações em razão da variação das taxas médias diárias do DI, informou a companhia em comunicado.

Eurofarma envia nota de esclarecimento à imprensa sobre doação de 220 mil medicamentos

A Eurofarma confirma que realizou uma doação de 220 mil medicamentos para a Cruz Vermelha, uma das organizações parceiras da companhia. Essa ação compõe o programa anual da companhia, que cumpre com nosso propósito de ajudar a ampliar o acesso a medicamentos. A partir do pagamento integral de impostos, doamos medicamentos para organizações não governamentais e instituições de saúde que atuam no atendimento a populações de baixa renda. Em 2023, foram doadas mais de 413 mil unidades, totalizando mais de R$ 10 milhões.

Além disso, desde o início da pandemia, destinamos mais de R$ 112 milhões para ajuda humanitária em recursos para ampliação de leitos hospitalares, contratação de profissionais de saúde, manutenção de tratamento de pacientes oncológicos, doação de medicamentos para instituições de saúde em todo o Brasil, além de doações de cestas básicas e Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Em 2023, o valor destinado às ações humanitárias foi de mais de R$ 23 milhões, focado exclusivamente nas doações de alimentos e medicamentos.

FT: Eli Lilly busca aumentar capacidade enquanto lança concorrente ao medicamento da Novo Nordisk

Grande demanda pelos GLP-1, lucrativa classe de medicamentos para o diabetes e a perda de peso, está testando a capacidade das fábricas capazes de formular soluções farmacêuticas, filtrá-las em seringas e selar e embalar o produto.
O Zepbound, cujo componente ativo tirzepatida também é usado no Mounjaro, o medicamento de tratamento de diabetes da Lilly, tornou-se o primeiro medicamento que pode competir palmo a palmo com o Wegovy quando foi aprovado para uso na perda de peso em novembro nos EUA. O Wegovy, juntamente com os medicamentos à base de tirzepatida da Eli Lilly, ambos administrados via injeções semanais, deverão gerar US$ 18,2 bilhões em vendas globais este ano, segundo projeções do grupo de pesquisas GlobalData.

Lucro da Raia Drogasil soma R$ 284,6 milhões no 4º trimestre

A RaiaDrogasil registrou lucro líquido de R$ 284,6 milhões no quarto trimestre do ano passado, o que representa alta de 2,4% ante o mesmo período de 2022. Entre janeiro e dezembro de 2023, o lucro somou R$ 1,15 bilhão, alta de 11,6% em relação ao ano anterior.

A receita líquida cresceu 13,8% no quarto trimestre contra igual intervalo de 2022, para R$ 8,92 bilhões. No acumulado do ano, o faturamento alcançou R$ 33,97 bilhões, crescimento de 16,8% em relação aos 12 meses de 2022.

O resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) entre outubro e dezembro somou R$ 616,6 milhões, avanço de 9,2% ante o mesmo período de 2022. No ano completo de 2023, o Ebitda expandiu 15,1%, para R$ 2,67 bilhões.

Sobre os canais digitais, a receita bruta no quarto trimestre chegou a R$ 1,47 bilhão, alta anual de 60,3%, com penetração no varejo passando de 11,8% de 16,7%. No ano, a receita dos canais digitais chegou a R$ 5,08 bilhões, um crescimento de 57,5% sobre 2022, com a penetração no varejo subindo de 11,1% para 15,2%.

Entre outubro e dezembro, as despesas gerais e administrativas ficaram em R$ 358 milhões, um avanço de 15,8%. Já no acumulado do ano, as despesas chegaram a R$ 1,3 bilhão, alta de 18,2%.

Raia Drogasil vê crescimento desacelerar; “trimestre teve soluço”, diz executivo

Maior varejista de farmácias do país, a Raia Drogasil (RD) sentiu uma desaceleração no ritmo de crescimento de outubro a dezembro, mas afirma que vê retomada na velocidade neste começo de ano.

As vendas líquidas subiram 14,4% no quarto trimestre, versus avanço de 16,3%, 18,1% e 21,6%, no terceiro, segundo e primeiro trimestres de 2023, respectivamente. Ou seja, houve uma curva de desaceleração a cada trimestre.

“Tivemos um trimestre mais ‘soft’ de venda, mas estamos normalizando neste ano”, disse a analistas nesta manhã Eugenio De Zagottis, vice-presidente de relações com investidores e novos negócios.

A empresa fechou o ano de 2023 com receita bruta de R$ 36,3 bilhões, crescimento de 17,4% sobre 2022.

Questionado sobre a queda de demanda, Zagottis disse “que é difícil saber”.

“Sujeito já morreu, não tem jeito, acontece, o ‘tri’ veio fraco e depois têm o ‘rebound’, o setor continua com crescimento contratado [pelo envelhecimento contínuo da população]”, disse ele. “Se o trimestre levou um soluço, paciência, segue para o próximo”.

A empresa ressaltou que ganhou participação de mercado, ou seja, desacelerou menos que o setor. O “share” entre o quarto trimestre de 2022 e de 2023 subiu de 15,2% para 16,1%.

Nesse cenário de fim de ano mais fraco, a Raia Drogasil perdeu alavancagem operacional no quarto trimestre, com menor diluição de estoques, mas vê retorno dessa alavancagem no primeiro trimestre.

Raia Drogasil volta a abrir lojas em SP e diz que “expansão de forasteiro é natimorta”

A Raia Drogasil vai voltar a acelerar aberturas em São Paulo, após ter “parado” um pouco as inaugurações, disse a diretoria nesta quarta-feira.

“Expansões têm caráter cíclico, a gente faz, faz e depois para e espera, para respirar. Em São Paulo deixamos assim, e respiramos muito, então, estamos voltando”, disse Eugenio De Zagottis, vice-presidente de relações com investidores e novos negócios.

Segundo ele, a taxa interna de retorno em São Paulo cresce muito porque o mercado vai bem, a demanda cresceu, e isso vem ocorrendo num cenário de oferta de lojas controlada pela RD e pela Drogaria São Paulo.

“Nós e a Drogaria São Paulo crescemos sem fazer loucuras aqui, e temos uma barreira monstruosa. São Paulo é um mercado excepcional para a gente, mas para o resto é Sibéria, os outros se perdem porque é uma competição com os dois maiores do país e os dois jogando em casa”, disse o executivo.

“Houve aventuras em São Paulo, teve a Extrafarma e outras tentando. Hoje temos menos valentes por aí e eles olham e pensam: ‘Vou para Nordeste, Centro Oeste, ou para São Paulo?’. A barreira aqui é do tamanho do mundo”, afirmou.

“Expansão de forasteiro em São Paulo é natimorta”, disse Zagottis.

O executivo reforçou que não vai mais voltar ao volume de inaugurações de 60 a 70 lojas ao ano no estado paulista, mas que trata-se de um “ajuste”, frente ao fato que a rede ficou muito tempo sem aberturas.