Ecossistemas de inovação estão distribuídos por todas as regiões

Em Toledo (540 km de Curitiba), no oeste, o Biopark atua desde 2016 como ambiente privado de fomento a educação, pesquisa e negócios. Sua existência é um legado do casal Carmen e Luiz Donaduzzi, que há 40 anos fundou o grupo Prati-Donaduzzi, líder em medicamentos genéricos do Brasil. Uma área de 5,5 milhões de m² abriga o parque tecnológico e uma universidade privada sem fins lucrativos (Biopark Educação). “Um dos grandes diferenciais do Biopark é que acompanhamos os empreendedores desde a concepção de ideias inovadoras até o crescimento sustentável de suas empresas”, diz o presidente, Victor Donaduzzi. Os programas envolvem 185 empresas, sendo 55 startups.

17 medicamentos superam 20 mi de unidades vendidas

Somando apenas o top 5, 310 milhões de unidades foram comercializadas nos últimos 12 meses até agosto deste ano. Do montante, mais de 30% das vendas pertence ao líder.

O Glifage XR, antidiabético da Merck, movimentou 104,3 milhões de unidades no período, contra 84,9 milhões do segundo colocado – o Neosoro, solução nasal da Neo Química.

O pódio se completa com o Losartana da Neo Química (47,9 milhões); o Maxalgina da Natulab (42,8 milhões) e o Cimegripe da Cimed (38,6 milhões).

Desses medicamentos, os dois primeiros ganharam mercado em comparação com o mesmo período do ano anterior (respectivamente, crescimento de 14,66% e 7,77%) enquanto os demais retraíram (com redução de 14,60%, 11,70% e 17,28%, respectivamente).
A Dipirona da Neo Química foi o medicamento com evolução mais acelerada no período. Das 32,1 milhões de unidades vendidas até agosto de 2022, o total saltou para 38 milhões neste ano, um avanço de 18,54%.

Destaca-se também no levantamento o Torsilax, indicado para o tratamento de reumatismo. O remédio viu as transações aumentarem 15,21% no período, pulando de 29,6 milhões para 34,1 milhões.

O efeito Ozempic na sociedade e na bolsa: exageros em ambos

Desde que o Ozempic virou febre, analistas dos principais bancos de investimento, butiques e economistas têm se adiantado para tentar prever o impacto da droga e similares na economia e no balanço das empresas. Ao mesmo tempo, as farmacêuticas correm para atender à espantosa demanda e pensar novos formatos para o medicamento.

A americana Eli Lilly anunciou recentemente um investimento de US$ 2,5 bilhões para uma nova fábrica, com o intuito de aumentar a produção de Mounjaro e Trulicity, concorrentes do Ozempic. Ambas já estudam o desenvolvimento de uma fórmula para que o medicamento venha em comprimidos.

Num relatório publicado no início do mês, a Barclays citou nominalmente PepsiCo e McDonald’s como possíveis prejudicadas com a adoção dos medicamentos. O Walmart justificou uma retração na venda de alimentos com a maior adoção do remédio Outro relatório, da Jefferies, entre os mais exagerados, calculou que uma “sociedade mais magra” poderia economizar bilhões às aéreas e favorecer outros setores.

Nos cálculos da Jefferies, se cada passageiro da United Airlines perdesse em média o equivalente a 4,5 kg, a companhia já pouparia US$ 12 bilhões gastos em combustível (o que representa mais de 22% do faturamento da empresa). Além disso, os analistas calculam que a demanda para varejistas de moda aumentaria, com a renovação do guarda-roupa dos pacientes, e, por outro lado, prejudicaria empresas de alimentos e bebidas alcoólicas, além de reduzir o tíquete de consumo de viagens — já que os gastos com o remédio devem absorver parte do orçamento familiar: nos EUA, o tratamento mensal com Ozempic custa em torno de US$ 1,5 mil.

Como os antidepressivos afetam a vida sexual

Médicos e pacientes há muito tempo sabem que os antidepressivos podem causar problemas sexuais. Falta de libido. Orgasmos sem prazer. Genitais insensíveis. Bem mais da metade das pessoas que tomam esses medicamentos relatam tais efeitos colaterais.

Agora, um grupo pequeno, mas vocal, de pacientes está se manifestando sobre problemas sexuais graves que persistem mesmo depois de pararem de tomar inibidores seletivos de recaptação de serotonina, o tipo mais popular de antidepressivos. Os efeitos dos medicamentos têm sido devastadores, deixando-os incapazes de desfrutar do sexo ou manter relacionamentos românticos.

Farmacêuticas tiram hormônio do crescimento do mercado

Duas multinacionais da indústria farmacêutica anunciaram recentemente o corte no fornecimento de somatropina, conhecida como hormônio do crescimento, no mercado brasileiro. O medicamento produzido pela Novo Nordisk está indisponível desde julho, ainda sem previsão de reabastecimento. Já a Merck vai interromper a distribuição em janeiro de 2024, também por tempo indeterminado.

O medicamento é indicado para o tratamento de distúrbios do crescimento em crianças e adolescentes. Pacientes devem buscar orientação médica para substituir a medicação por outra com o mesmo princípio ativo. As alternativas terapêuticas disponíveis no país estão com abastecimento regular, segundo as fabricantes.

Questionadas, as farmacêuticas atribuíram o desabastecimento a dificuldades logísticas e produtivas, e disseram que outros países também estão sendo afetados. Segundo a dinamarquesa Novo Nordisk, “intercorrências na implementação e operação de uma nova linha de envase” resultaram na produção abaixo do previsto. A alemã Merck, por sua vez, disse que está “trabalhando em todo o mundo para acelerar nossos processos e aumentar nossa capacidade produtiva para solucionar essa situação”.

Ozempic: farmacêutica investirá US$ 2,3 bi na França

A Novo Nordisk anunciou nessa quinta-feira (23) um investimento de US$ 2,3 bilhões (R$ 11,2 bilhões) para aumentar a produção de seus medicamentos para perda de peso e diabetes, altamente populares, em Chartres, na França, à medida que corre para atender à demanda crescente.

O investimento aumentará significativamente a capacidade de produção dos medicamentos atuais, incluindo Ozempic e Wegovy, bem como outros tratamentos para obesidade em desenvolvimento, disse a empresa farmacêutica dinamarquesa.

A Europa tem sofrido com a falta de Ozempic, utilizado no combate contra diabetes e que usa o mesmo ingrediente (semaglutida) do medicamento para perda de peso Wegovy, que ainda não está amplamente disponível na Europa.

A farmacêutica impôs restrições ao uso de Ozempic na União Europeia nesta semana, pois o medicamento também é procurado para tratamento de obesidade, apesar de não haver comprovação de sua eficácia neste caso.

A Alemanha está considerando proibir a exportação do medicamento. A Bélgica proibiu as prescrições da injeção semanal, a menos que sejam para pacientes com diabetes tipo 2.

Patente de vacinas vira derrota para laboratório americano

A patente de vacinas mRNA colocou frente a frente a Moderna e a parceria entre BioNTech e Pfizer. E o resultado não foi positivo para a primeira. As informações são do Notícias ao Minuto.

O processo tramitava no Instituto Europeu de Patentes e o órgão deu razão para a dupla. Segundo informações da Reuters, a Moderna irá recorrer da decisão, enquanto a BioNTech comemorou o veredito.

Na visão da reclamante, o laboratório e a empresa de biotecnologia copiaram o sistema de mRNA criado por ela e patenteado cerca de dez anos antes da pandemia da Covid-19.