Poder público paga mais caro por medicamentos sem prescrição, aponta pesquisa

Desde 2020, entes públicos pagam mais caro pelos remédios isentos de prescrição médica. Segundo o levantamento Procuremed, os preços de medicamentos básicos, adquiridos via pregão, subiram em níveis acima da inflação. O estudo foi realizado em parceria com a economista Juliana Aliberti, afiliada à Universidade de Greifswald, e acompanha a variação dos preços de fármacos negociados nos pregões do Portal de Compras do Governo Federal, utilizado também por estados e municípios, desde 2018.

Em relação aos medicamentos que exigem prescrição médica, os dados indicam que preços acompanham as variações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e da lista de preços da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). A pesquisa analisou mais de 420 mil transações, divididas em aproximadamente 3.800 medicamentos diferentes, num total de R$57,7 bilhões em compras pela plataforma Compras.gov.

Copom prevê novos cortes de 0,5 ponto percentual na taxa Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçou ontem, na ata de sua última reunião, a estratégia de manter o ritmo de cortes da Selic em 0,50 ponto percentual “nas próximas reuniões” e explicou que optou por manter a “comunicação recente” sem retirar o plural na indicação futura, porque “já embute a condicionalidade apropriada em um ambiente incerto, especificando o curso de ação caso se confirme o cenário esperado”.

Na quarta-feira da semana passada, o colegiado reduziu a taxa básica de juros (Selic) para 12,25% ao ano pela terceira vez seguida. Segundo o Copom, os seus integrantes “concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.