Mercado brasileiro tem maior ‘seca’ de IPOs em 25 anos

Nesse período, houve vários motivos locais e externos para o congelamento de ofertas. Agora, as incertezas são pautadas pelo movimento dos juros americanos e, no Brasil, por qual será a queda contratada para a taxa Selic até o fim de 2024, afirmam gestores e bancos de investimentos ouvidos pelo Valor. Com a volatilidade adicional trazida pela a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, muitas conversas esfriaram, devendo ser retomadas apenas no ano que vem.

A questão é quando, em 2024, isso poderá acontecer. Para que uma oferta saia ainda no primeiro trimestre, no entanto, o protocolo de documentos precisa ser entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) até meados de dezembro, o que já faz com que bancos de investimento comecem a postergar a estimativa de retomada para abril.

Negócio global do bem-estar teve receita de US 5,6 trilhões, segundo Global Wellness Institute

O bem-estar é um grande negócio global que teve uma receita de US$ 5,6 trilhões (R$ 27 trilhões) em 2022, de acordo com um novo relatório do Global Wellness Institute, um grupo líder na indústria. Até 2027, é esperado um crescimento adicional de 57%, atingindo US 8,5 trilhões (R$ 41,7 trilhões), cerca de duas vezes o Produto Interno Bruto da Alemanha.

Pesquisas da organização indicaram que, em 2013, esse faturamento era de apenas US 3,4 trilhões (R$ 16,8 trilhões). “Estamos surpresos com a resiliência da economia global do bem-estar e com o quão rapidamente ela se recuperou da pandemia”, disse Katherine Johnston, pesquisadora sênior do GWI, em um comunicado à imprensa.

Há várias estimativas sobre o verdadeiro tamanho da indústria do bem-estar. Por exemplo, um número frequentemente citado é de US$ 1,5 trilhão (R$ 7,36 trilhões), publicado pela consultoria McKinsey, em 2021. O bem-estar pode ser um rótulo genérico para uma grande variedade de negócios. Para seu relatório, o GWI definiu a indústria como “a busca ativa de atividades, escolhas e estilos de vida que levem a um estado de saúde holística.

Reforma tributária: o que ainda falta definir e como isso pode influenciar a alíquota do novo IVA

Após mais de 30 anos de impasse e muitas concessões, areforma tributária caminha para a reta final no Congresso. Com a aprovação no Senado, resta uma segunda análise na Câmara, com possibilidade de promulgação fatiada dos trechos comuns às duas Casas. Mas a discussão continua longe do fim.

Isso porque o governo empurrou uma série de definições para as leis complementares, que devem ser analisadas a partir de 2024.

No hall de pendências estão o valor de parte dos fundos que serão abastecidos pela União e direcionados aos Estados; a composição da cesta básica isenta; as regras do Imposto Seletivo; o funcionamento dosdiversos regimes específicos de tributação; e a operacionalização do cashback,sistema de devolução de tributos. Ou seja, uma nova guerra de lobbies e pressões já está contratada para os próximos anos.

“A PEC dispõe apenas sobre as normas gerais e empurra o restante para a lei complementar”, afirma o tributarista Gustavo Brigagão, sócio do Brigagão Duque Estrada Advogados.’A PEC dispõe apenas sobre as normas gerais e empurra o restante para a lei complementar’, diz o tributarista Gustavo Brigagão Foto: Divulgação

Conheça um dos maiores vendedores de genéricos

Um dos maiores vendedores de genéricos para exportação no mundo, a Índia detém a nona maior indústria farmacêutica do globo e a segunda maior entre as nações emergentes. É o dobro do tamanho do mercado brasileiro.

Análise do portal Outra Saúde mostra que a indústria indiana se fortaleceu por meio de uma estratégia que priorizou a produção nacional dos remédios, com foco claro nos medicamentos genéricos.

Um importante primeiro passo tomado pelo governo indiano foi a promulgação do Essential Commodities Act (ou Lei dos Produtos Essenciais) em 1955. A legislação definiu que o Estado estaria no controle da “produção, suprimento e distribuição” dos medicamentos “para assegurar a distribuição equitativa e o acesso a preços justos”.

As estruturas do tímido parque industrial deixado pela colonização britânica foram reaproveitadas para a criação das primeiras farmacêuticas indianas. Mas na sequência, no início dos anos 1960, a Índia também criou cinco empresas estatais no setor, entre elas a Indian Drugs and Pharmaceuticals (IDPL).

As fábricas da IDPL, futuramente, produziriam fármacos como a tetraciclina, a doxiciclina e a cloroquina, decisivos, respectivamente, para o enfrentamento de emergências sanitárias como o surto de peste bubônica em 1994, o surto de leptospirose em 2005 e o combate de décadas contra a malária. Mas a grande marca do país são as grandes indústrias privadas trabalhando em cooperação com o governo.

Medicamentos em supermercados voltam à pauta

Os medicamentos em supermercados voltam à pauta após movimentações do varejo alimentar e também no Congresso Nacional. O Projeto de Lei 1774/19 transformaria remédios em mercadoria ao permitir a venda não apenas no setor supermercadista, como também em quitandas.

De autoria do deputado federal Glaustin da Fokus (PSC-GO), a proposta aguarda designação de relator na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. O texto não prevê nenhuma farmácia dentro do estabelecimento ou a presença obrigatória de um farmacêutico para assistência ao consumidor.

No dia 19 de abril deste ano, se encerrou o prazo de cinco sessões para apresentação de emendas ao projeto. E após recentes decisões em Manaus (AM) e no estado de Sergipe, que visam a proibir de vez os MIPs nesses estabelecimentos, o assunto parecia acabado.

Mas no fim de outubro, o deputado Vinicius Coelho (Republicanos-SP) apresentou um requerimento, no qual solicita a inclusão das comissões de Defesa do Consumidor, Desenvolvimento Econômico e Indústria, Comércio e Serviços no rol de comissões permanentes para avaliar o mérito do projeto.