Uma federação de R$ 5,6 bi para fazer frente à RD, Pague Menos e companhia

Sete redes se aliaram para lançar a Federação do Comércio Farmacêutico (Fecofar). Com receita anual de R$ 5,6 bilhões, a entidade quer estreitar os laços das suas mais de 3,2 mil farmácias com a indústria

Atualmente, estima-se que existem 90 mil farmácias em atividade no País

Fundada em 1998, a MasterFarma apostou no associativismo para chegar a uma base de mais de 950 farmácias, em 11 estados do Brasil. Mas, mesmo com esse alcance, um limite ainda precisa ser superado pela rede: os cerca de 870 quilômetros que separam sua sede, em Criciúma (SC), de São Paulo.

É na capital paulista onde estão os principais executivos e as grandes empresas da indústria farmacêutica, bem como as distribuidoras do setor. Apesar do seu porte, a rede tem pouco contato, assim como acontece com outros grupos que reúnem farmácias independentes.

Esse é contexto da criação da Federação do Comércio Farmacêutico (Fecofar). Na iniciativa, que está sendo lançada nesta terça-feira, 28, a MasterFarma está se aliando a outras seis redes para fazer frente a grandes varejistas como RD, Pague Menos e Drogaria São Paulo,

Prioridade da Oncoclínicas é expansão orgânica, com capacidade para crescer dois dígitos

A expansão da Oncoclínicasnos próximos dois anos será orgânica e não por meio de aquisições. A companhia especializada em tratamento para câncer enxerga possibilidade de crescimento de dois dígitos nesse período vinda de suas unidades com capacidade ociosa, parcerias com operadoras de planos e indústria farmacêutica, além de maior oferta de tipos de atendimentos. A companhia vem aumentando suas parcerias para oferecer todo o tratamento oncológico, desde atendimento ambulatorial até cirurgias.

“A alocação de capital não pode interferir na desalavancagem da companhia. No terceiro trimestre, o capex [investimento] de manutenção ficou na casa dos R$ 30 milhões, além disso, vai ser capex light com desembolsos de recursos em parcerias como o Grupo Santa”, disse Cristiano Camargo, diretor de relações com investidores da Oncoclínicas, que realizou ontem evento com investidores e analistas, em São Paulo.

Ele destacou ainda que os investimentos de expansão serão aqueles com retorno rápido, com demanda já existente de pacientes, e que o foco é a geração de caixa. Na parceria do Grupo Santa, o hospital de Brasília encaminha seus pacientes ambulatoriais à Onco e, nos casos cirúrgicos, a rede envia para o Santa. A Oncoclínicas não tem hospitais nessa praça e, até então, abria mão do paciente que necessitava de uma cirurgia.

O alerta sobre ‘uso excessivo’ de melatonina por crianças

No ano passado, a Academia Americana de Medicina do Sono emitiu um alerta de saúde sobre o uso de melatonina por jovens.

A entidade apontou que os pais deveriam consultar um médico antes de administrar esse suplemento às crianças.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu recentemente a circulação de um medicamento com melatonina que prometia ajudar as crianças a dormirem.

A melatonina é um hormônio produzido no cérebro que regula o ciclo do sono de uma pessoa.

É um dos suplementos mais comuns que os pais nos EUA dão aos filhos, de acordo com a Harvard Health, publicação da escola de medicina da Universidade Harvard (EUA).

Nos Estados Unidos, a melatonina é considerada um suplemento dietético – ao contrário de muitos países, onde é classificada como medicamento – e pode ser comprada sem receita médica.

Opioides: qual é o cenário brasileiro de consumo da droga?

No Brasil, os opioides já circulam no mercado paralelo ilegal — fora das mãos de pacientes com prescrições adequadas e do ambiente hospitalar.

Em 2019, uma pesquisa feita pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostrou que 4,4 milhões de brasileiros já utilizaram opioides sem prescrição médica.

Isso acende um alerta para que as autoridades ajam preventivamente, impedindo a popularização do uso indevido desses medicamentos e evitando um cenário semelhante ao vivenciado nos Estados Unidos.
De acordo com os especialistas entrevistados pela BBC News Brasil, atualmente, nosso país apresenta duas realidades distintas no que diz respeito a medicamentos opioides.Oregon, nos EUA, sofre com crise de opioides

Por um lado, o Brasil é conhecido por ter “um manejo ruim da dor”, prescrevendo poucos medicamentos desse tipo para pacientes que realmente precisam, incluindo pessoas com dor crônica, como alguns pacientes oncológicos, ou que estão se recuperando de traumas físicos como cirurgias extensas.

“Há uma década o Brasil era internacionalmente criticado pelo baixo uso de opioides para o controle da dor. Nos anos recentes os números melhoraram bastante, felizmente, já que são remédios essenciais quando há indicação correta de uso”, descreve Claudio Fernandes Corrêa, mestre em neurocirurgia pela Unifesp e especialista em dor pela AMB (Associação Médica Brasileira).