Meio termo para JCP pode avançar na Câmara

Há possibilidade de uma substituição do JCP pelo mecanismo similar ao ACE — Allowance for Corporate Equity, uma outra forma de benefício fiscal cujo impacto nas empresas seria reduzido. Além disso, é discutida a manutenção do JCP para o setor financeiro, uma vez que é visto como uma exceção pela necessidade de manter alta liquidez.

Relatório da tributação das offshore não terá proposta para mudanças na JCP

O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) desistiu de incorporar mudanças no mecanismo dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) ao projeto de lei (PL) da tributação das offshore. A equipe econômica do governo foi pega de surpresa pela sugestão do parlamentar e não conseguiu elaborar uma proposta “calibrada”, que não causasse ruídos para aprovar o restante das medidas de ajuste fiscal.

O parecer ao projeto foi protocolado na noite dessa terça-feira, mas sem a JCP. O texto contém a tributação dos investimentos de pessoas físicas no exterior (offshore) e dos fundos de investimentos exclusivos (com poucos cotistas).
A ideia de Pedro Paulo de incorporar as mudanças na JCP ao projeto agradava a ala política do governo, que viu na medida uma forma de acelerar a tramitação, mas o assunto era considerado “muito complexo” no Ministério da Fazenda diante das críticas à proposta inicial de extinguir o mecanismo, utilizado pelas grandes empresas (do regime do lucro real) para se capitalizarem e pagarem menos impostos ao remunerarem seus acionistas.

“Queremos um mecanismo para que o JCP cumpra sua função de capitalização das empresas, mas que isso não gere um mecanismo de se beneficiar tributariamente”, disse o relator.

As mudanças na JCP foram debatidas por ele com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, à tarde. O governo ficou de elaborar uma sugestão e enviar ao parlamentar, mas não conseguiu fechá-la a tempo.

Segundo fonte da equipe econômica, a intenção é incentivar o uso do capital próprio da empresa, mas limitar o abatimento de juros sobre o aporte de terceiros como forma de diminuir o pagamento de impostos. O impasse seria qual a “calibragem” adequada para garantir um mecanismo justo.

Eurofarma conclui aquisição na Colômbia e adota marca única em genéricos para LatAm

A Eurofarma, uma das maiores empresas farmacêuticas do país, dá novo passo em sua estratégia de crescimento em mercados externos com a conclusão da aquisição da colombiana Genfar na última sexta-feira (29) e a adoção dela como sua marca unificada para medicamentos genéricos na América Latina, exceto o Brasil, segundo informação antecipada pela Bloomberg Línea.

“A aquisição consolida nossa presença regional e nos permite avançar nos planos de internacionalização, crescendo e reinvestindo continuamente no negócio através de nossa força comercial, inovação e movimentos de fusões e aquisições [M&A]”, disse Marco Billi, CEO Internacional da Eurofarma, em comunicado.

No primeiro semestre, 19% da receita líquida tiveram origem em operações fora do Brasil, com destaque para México, América Central, Colômbia e Chile.

A aquisição da Genfar, que pertencia à francesa Sanofi, havia sido anunciada em março deste ano pelo valor de 299 milhões de euros. A empresa tem presença no país-natal, a Colômbia, e também no Peru e em Equador.

A América Latina, em particular, tem se mostrado um dos mercados mais importantes para farmacêuticas globais, como a própria Sanofi, a suíça Novartis, a alemã Bayer e a americana Pfizer, entre outras, em razão do crescimento acima do de outras regiões.

A Genfar, fundada em 1967, conta com cerca de 350 produtos em 12 classes terapêuticas, uma fábrica e um centro de desenvolvimento em Cali, na Colômbia, e mais de 500 colaboradores. O principal executivo da companhia, o general manager Agustín Vincent, seguirá na liderança.

Em entrevista à Bloomberg Línea, Pasquale Frega ressalta a relevância de novos modelos de distribuição de terapias com a esfera pública e diz que a região tem janela de oportunidade

Até então, antes da adoção da Genfar para a América Latina (menos Brasil), a Eurofarma atuava com a marca Momenta justamente na Colômbia, no Peru e no Equador, além do Chile; e com a marca que leva o nome da empresa em outros mercados da região.

“Vamos trabalhar para levar a marca Genfar a outras geografias e nos manter na rota de liderança na região”, disse Maria del Pilar Muñoz, vice-presidente de Sustentabilidade e Novos Negócios da Eurofarma, em comunicado.

Citi eleva recomendação de Fleury (FLRY3), corta de Hypera (HYPE3) e ações têm sessão de “opostos” na Bolsa

Já para Hypera, os analistas apontam decepção com a tendência de vendas, sendo que elas podem ficar abaixo da meta de receitas para o ano.

A companhia, avaliam os analistas, tem cortado descontos para focar no aumento de margens e melhoria no fluxo de caixa, o que pode prejudicar a receita no futuro.

Já sobre JCP, o banco avalia que os múltiplos das ações já precificam o pior cenário possível. Contudo, sem muitos destaques operacionais, a atratividade dos papéis fica menor. “Não conseguimos ver um catalisador óbvio de curto prazo”, apontou.

Os analistas do banco cortaram o preço-alvo de R$ 51 para R$ 41, ainda uma alta de cerca de 10% frente o fechamento de sexta.

Quais as ações de saúde preferidas do Itaú BBA nesta segunda-feira (2)?

Já a Hypera, é, assim como a Hapvida, uma das ações mais comentadas, devido a “forte posição da empresa no promissor mercado farmacêutico no Brasil”, embora a equipe de analistas enxergue que as ações têm encontrado desempenho fraco.
Por fim, foi destacada a Oncoclínicas, enxergada pelos analistas do Itaú BBA como uma das melhores histórias do setor de saúde brasileiro – líder de um mercado crescente, e bem alinhada com planos de saúde.