Henrique Holzhausen assume diretoria de Cultura e Processos da Libbs

A Libbs Farmacêutica anunciou mudanças em sua estrutura organizacional. O antigo RH da companhia passará a incorporar as frentes de Tecnologia, Estratégia e Gestão e terá Henrique Holzhausen, agora diretor de Cultura e Processos, liderando a posição.

Segundo a empresa, a transformação deve valorizar a expertise dos colaboradores e conferir mais celeridade aos processos internos, reduzindo burocracias desnecessárias, fortalecendo o modelo de trabalho em células e dando mais autonomia aos funcionários.
Holzhausen é graduado em Ciência da Computação pela Unicamp, tem MBA em Management, pela Fundação Getúlio Vargas, e MBA Executivo em Administração, com ênfase em Gestão da Tecnologia da Informação e Administração de Empresas. Entrou na Libbs em 2016 e em 2019 assumiu a extinta diretoria de Estratégia e Gestão.

Recomendações: Citi corta preço-alvo da Gol (GOLL4), BBI eleva Nubank (ROXO34) e JPMorgan mantém compra para Hypera (HYPE3)

O JPMorgan cortou o preço-alvo para as ações da Hypera de R$ 60 para R$ 53, mas manteve recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para as ações.

Para o banco, o nível de ruído deve permanecer elevado em torno das ações da Hypera. De um lado, a ação cai 18% no acumulado do ano versus alta de 6% para o Ibovespa em meio a discussões sobre possíveis mudanças tributárias, como em relação às mudanças do ICMS e possível fim dos juros sobre capital próprio.

Do outro lado, o mercado parece ser mais desafiador do que inicialmente antecipado com 1) menor demanda por algumas de suas categorias principais (remédios para gripe, doenças respiratórias
e dor), refletindo o menor volume de casos de SARS este ano, e 2) preços de mercado mais agressivos em alguns genéricos convencionais.

“Nesse contexto, acreditamos que a projeção de faturamento para este ano de R$ 8,6 bilhões pode estar em risco, enquanto prevemos vendas líquidas de R$ 8,4 bilhões (+12% ano a ano). Ainda assim, neste ponto, continuamos a ver o Ebitda e o guidance de lucros sendo entregues este ano, já que a Hypera provavelmente racionalizará as despesas de marketing nas categorias com baixa demanda, enquanto os genéricos sob pressões significativas sobre os preços são provavelmente produtos com margens baixas”, avalia o banco.

Assim, apesar de diminuir as expectativas – reduzindo o lucro por ação em 4% em 2023 e em 6% para 2024, o que levou à redução do preço-alvo – o banco destaca que a Hypera continua sendo uma boa opção de ação, negociando a 10 vezes o preço sobre o lucro esperado para 2024.

Moody’s atribui nota ‘AAA.br’ à Hypera, com perspectiva estável

Eles notam que o perfil de crédito da Hypera se beneficia da natureza resiliente do setor farmacêutico e das perspectivas positivas de longo prazo para a saúde no Brasil.

“Com um modelo de negócio eficiente, sua operação apresenta margens saudáveis e forte geração de fluxo de caixa operacional, bem como uma adequada posição de liquidez”, comenta a agência de classificação de riscos.

Um ponto de atenção é que as métricas de alavancagem da Hypera têm se mostrado mais elevadas após processo de aquisição de ativos entre 2020 e 2023, mas pondera que a posição de liquidez e robusta geração de caixa mitigam eventuais riscos.

A perspectiva estável, por sua vez, reflete a expectativa que a empresa vai continuar seu plano de expansão orgânico, mantendo métricas saudáveis de rentabilidade, geração de caixa operacional e redução na alavancagem.

Tratamento de câncer: Anvisa autoriza pesquisa clínica com células CAR-T no Brasil; entenda

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), em parceria com o Instituto Butantan, a iniciar um ensaio clínico no País com medicamento especial à base de células geneticamente modificadas, as chamadas CAR-T. A pesquisa é considerada mais um avanço no tratamento contra o câncer hematológico (no sangue). A informação foi divulgada na terça-feira, 26. A seleção dos pacientes que farão parte do estudo ainda está sendo definida.

Segundo a Anvisa, os trabalhos estão em fase clínica inicial. “O objetivo é avaliar a segurança e a eficácia no tratamento de pacientes com leucemia linfoide aguda B e linfoma não Hodgkin B, recidivados e refratários, em casos de reaparecimento da doença ou de resistência ao tratamento padrão”, afirma a agência.

Essa nova terapia usa células de defesa do próprio corpo, modificadas em laboratório, para atacar linfomas e leucemia. “Tanto a tecnologia de transferência de genes, por meio de vetor viral, quanto a tecnologia de produção das células são avanços em desenvolvimento pelos pesquisadores nacionais”, acrescenta a Anvisa.

Zolpidem: A crise de saúde causada pelo remédio no Brasil

O remédio usado no tratamento contra a insônia, disponível no mercado há mais de 30 anos, ganhou protagonismo maior na última década, pela junção de uma série de fatores que você vai conhecer ao longo desta reportagem, como uma facilidade na prescrição médica e um apelo quase irresistível para um problema relativamente comum —a dificuldade para dormir.

Alguns médicos ouvidos pela BBC News Brasil contam que é cada vez mais frequente receber no consultório indivíduos que ingeriram 40 ou 50 unidades do fármaco de uma só vez.
Falando em dados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calcula que 13,6 milhões de caixas dessa medicação foram vendidas em 2018. Dois anos depois, em 2020, esse número saltou para 23,3 milhões —um crescimento de 71% em poucos meses. Desde então, essas estatísticas nunca ficaram abaixo da casa dos 20 milhões anuais.

Saiba as diferenças entre medicamentos similares, genéricos e de referência

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os similares são identificados pela marca ou nome comercial, assim como os originais. Ao contrário dos genéricos, nem todo medicamento similar pode ser trocado pelo de referência.

O medicamento similar contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado por igual via e tem a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência. No entanto, só pode substituir o de referência após passar por testes laboratoriais que comprovem a equivalência. Os que já cumpriram esse processo são chamados de “similares intercambiáveis”.

Os medicamentos similares também precisam apresentar estudos que comprovem a segurança, eficácia e qualidade do produto, que é avaliado pela Anvisa. Todos os remédios intercambiáveis têm na bula a frase “medicamento similar equivalente ao medicamento de referência” e estão elencados em forma de lista no site da agência reguladora.

Os medicamentos de referência, os chamados originais, são os primeiros a serem lançados no mercado e carregam um determinado ingrediente farmacêutico ativo (IFA). Na embalagem, consta o princípio ativo e o nome fantasia criado pelo fabricante. Em geral, são mais caros. Os similares também têm nome fantasia. Já os genéricos são identificados apenas pelo nome do IFA.

O que é Mounjaro, para que serve e quanto deve custar no Brasil

Medicamento considerado mais potente que Ozempic no tratamento de diabetes tipo 2 teve comercialização no Brasil aprovada pela Anvisa.
O Mounjaro ainda precisa passar pelo processo de precificação da CMED — o que pode levar alguns meses.

Porém, nos Estados Unidos, onde é vendido também para tratar diabetes tipo 2, quatro doses da injeção (um mês de uso) podem custar mais de US$ 1 mil (aproximadamente R$ 5 mil) para clientes que não tenham plano de saúde.

Na Argentina em crise faltam remédios, equipamentos para cirurgias e até carros

Em dívida com o FMI e com as reservas em dólares no vermelho, a Argentina observa a sombra de um desabastecimento generalizado em produtos importados ou que dependem de peças de fora. Entidades empresariais e grupos de saúde vêm desde o começo do ano publicando notas de alerta, mas a recente desvalorização da moeda e com a entrada de dólares cada vez mais escassa, as ausências de produtos ficam mais evidente e o medo é de uma paralisação completa da produção industrial do país.

Em agosto, o governo, que tenta se manter no cargo pela candidatura de Sergio Massa à presidência, correu para negar que havia risco de desabastecimento de produtos médicos depois que associações de tratamento de diálise alertaram que não estavam conseguindo comprar insumos e poderiam suspender tratamentos. Mas os comunicados de alerta não para de chegar e vêm dos mais diversos setores.Importando menos, produtos de marcas estrangeiras vão desaparecendo das prateleiras na Argentina Foto: Luis Robayo/AFP

“As atuais restrições regulatórias e cambiais impedem o regular abastecimento do sistema de saúde, o que afetará a qualquer momento a realização de análises clínicas, obrigando à suspensão de intervenções como transplantes e cirurgias, colocando em risco de vida os pacientes do país”, afirmaram entidades que representam empresas e laboratórios médicos em um documento enviado em julho ao ministro da Economia e presidenciável, Sergio Massa.