Hypera
A Eleven pontua que a origem do fluxo de caixa da Hypera é bastante diversificada, contando com mais de 400 lançamentos desde 2018 e ainda com um pipeline de lançamentos na mesma magnitude pelos próximos anos (metade desses lançamentos previstos são em extensão de linhas já existentes, e a outra metade em novas marcas e categorias). Atuam em todos os segmentos, sendo OTC (medicamentos de marca sem necessidade de prescrição) responsáveis por 47% do faturamento, RX (medicamentos de prescrição promovidos diretamente com os médicos) representam 32%, genéricos 14%, e dermocosméticos 7%.
Além disso, a maior parte dos produtos do portfólio são em medicamentos sólidos, e quando fazem medicamentos líquidos ou em gel que necessitam de uma tecnologia maior fazem parcerias com indústrias farmacêuticas de outros países.
“A companhia se beneficia também de diversos vetores de crescimento, como envelhecimento populacional com maior incidência de doenças crônicas, crescimento das grandes redes varejistas como a Raia Drogasil que possuem parceria em vendas”, ressalta Eleven.
Por outro lado, quando analisado a relação de forças entre esses agentes do mercado, é possível observar que a Hypera é responsável por cerca de 7% do faturamento da Raia Drogasil, enquanto a Raia Drogasil representa cerca de 13% do faturamento da Hypera, ou seja, o poder de barganha é favorável para a Raia Drogasil, que apesar de ajudar a impulsionar as vendas da Hypera pode pressionar as margens e capital de giro da companhia.
Em termos de valuation, a Eleven diz que a Hypera negocia com um desconto atrativo dada a qualidade da Hypera frente a outros players do setor. Analistas projetam um múltiplo EV/Ebitda em torno de 10 vezes para 2024 e um P/L em torno de 15 vezes. A Hypera é uma das top picks do setor e tem recomendação de compra e preço alvo de R$ 56.