Futebol, Carmed Fini e genéricos alavancam receitas da Cimed

Uma das maiores farmacêuticas brasileiras, a Cimed deve encerrar 2023 com mais de R$ 3 bilhões em receita líquida pela primeira vez em sua história, firme na rota para alcançar a meta de R$ 5 bilhões em 2025. O ano da companhia também ficará marcado por gols de marketing que impulsionaram as vendas de genéricos, de vitaminas e do hidratante labial Carmed, que se tornou um fenômeno e em poucos dias estava esgotado nas farmácias brasileiras após uma parceria com a marca Fini, de doces.

Rede D’Or negocia corretora por R$ 1 bi

A Rede D’Or está em negociações avançadas para a venda de sua corretora de planos de saúde, dental, seguros de vida e previdência. Entre os interessados estão as concorrentes MDS, Mercer Marsh e It’sSeg. A transação é avaliada em cerca de R$ 1 bilhão, segundo o Valor apurou.

Fundada em 2015, a D’Or Consultoria tem uma carteira com 2,5 milhões de usuários, principalmente de convênio médico. Esses beneficiários são funcionários de cerca de 3,4 mil empresas situadas em várias regiões do país. Essa carteira movimenta mais de R$ 4 bilhões em prêmios.

Os três interessados no ativo são grandes grupos. A MDS faz parte da Brokerslink, uma rede internacional de corretoras com presença em mais de 130 países. No Brasil, a MDS movimenta cerca de R$ 3,5 bilhões em prêmios.

Na corrida por tratamentos contra obesidade, Eli Lilly compra farmacêutica

A Eli Lilly anunciou um acordo para comprar a Versanis Bio, farmacêutica de capital fechado que desenvolve um tratamento para obesidade, por até US$ 1,92 bilhão.

A empresa vai pagar uma parcela à vista e o restante do valor será liberado se algumas marcas operacionais forem alcançadas.

A Versanis desenvolve o Bimagreumab, remédio contra doenças cardiometabólicas que atualmente está em testes clínicos de fase 2.

Roche pretende investir mais em pesquisas clínicas no país, diz a nova CEO

A subsidiária brasileira do grupo suíço Roche, com 92 anos de existência, tem desde abril a primeira mulher nomeada presidente executiva – Lorice Scalise. A executiva está na companhia desde 2000, onde construiu grande parte de sua carreira. Começou como representante de vendas na área de negócio Diabetes Care.

“Os presidentes sempre eram estrangeiros. Sou a primeira brasileira e a primeira sul-americana”, afirmou a executiva ao Valor. Ela recebeu a reportagem acomodada em uma grande bola azul, usada na prática de Pilates (método de exercícios terapêuticos).

Farmacêutica formada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), na cidade de Araraquara, a executiva passou os últimos seis anos na Argentina, onde comandou a divisão Diagnóticos – um dos braços de negócios da Roche – durante quatro anos e a divisão farmacêutica a partir de 2021.

Farmacêutica atrasou remédio contra HIV para aumentar lucros

Um remédio contra HIV teve seu lançamento atrasado por uma indústria farmacêutica para maximizar os lucros. É o que aponta o New York Times após ter acesso a documentos internos da companhia. As informações foram reproduzidas pelo jornal O Globo.
Mas o que explica o atraso do remédio contra HIV? Na época, a Gilead Sciences já comercializava duas versões do tenofovir para o combate ao HIV. Uma delas perderia a patente em 2017. A extensão dessa proteção, porém, permitiria a manutenção dos preços altos desses medicamentos.

Mesmo com os benefícios comprovados do remédio que estava em desenvolvimento, os executivos concluíram que a nova versão poderia criar uma concorrência com os produtos do seu próprio portfólio. Mas o atraso no lançamento até as vésperas do vencimento das patentes ajudaria a farmacêutica a assegurar a lucratividade por um período mais prolongado.

Apenas em 2015 a farmacêutica lançou o novo tratamento e suas patentes estão garantidas até 2031.