Jovens estão mais obesos, ansiosos e abusando do álcool

Jovens brasileiros estão mais obesos, abusando mais no consumo de bebidas alcoólicas e ansiosos, mostram dados inéditos de um inquérito telefônico realizado em todo o país e divulgado nesta quinta (29).

O salto da obesidade é o que mais impressiona. Em 2022, 9% da população com idade entre 18 e 24 anos tinha IMC (Índice de Massa Corporal) igual ou maior que 30 kg/cm², o que configura obesidade. Já em 2023 esse percentual subiu para 17,1%. Ou seja, um salto de 90%.

Quase um terço desses jovens (31,6%) também já recebeu diagnóstico médico de ansiedade e relata consumo abusivo de álcool (32,6%) nos 30 dias antes da entrevista —quatro doses ou mais para mulheres, e cinco doses ou mais para homens, em uma mesma ocasião. Em 2022, a prevalência foi de 25,8%.

Os números constam da segunda edição do Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), desenvolvido pela Vital Strategies, organização global de saúde pública, e pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas), com financiamento da Umane e apoio da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva).

Ações da indústria farmacêutica enfrentam queda em 2023

Entre as ações da indústria farmacêutica, só uma vem obtendo alta em valor de mercado neste ano. Com o Ozempic virando até trend topics por ajudar no emagrecimento, a Novo Nordisk acumula 0,52% de aumento.

Porém, os problemas de abastecimento e a possível chegada de um medicamento genérico até 2026, após o laboratório dinarmarquês ter negado o pedido de extensão da patente, podem esfriar os ânimos.
Quatro laboratórios também se destacam no ranking por perdas acima de 0,70% no valor das ações. No caso da Bristol-Myers Squibb, o valor caiu mais de 1%, fruto de investigações de órgãos reguladores dos Estados Unidos. A empresa é suspeita de inflar seus ganhos em balanço no início de 2001.

AstraZeneca (0,99%) e Merck (0,78%) convivem com o esfriamento da Covid-19, enquanto a Novartis (0,75%) ainda alimenta incertezas por conta de seu futuro sem a divisão de genéricos da Sandoz.

Sanofi lança bolsa para grupos minorizados

A Sanofi lançou nesta quinta-feira, dia 29, um programa de bolsa de estudos e de iniciação profissional que visa a ampliar a participação de grupos minorizados na área da saúde. Neste primeiro ano, a Bolsa Sanofi Geração do Futuro vai oferecer 10 bolsas para alunos negros, homens e mulheres, da Universidade Zumbi dos Palmares, que estejam cursando os dois últimos anos de direito, publicidade e propaganda e administração.

Os estudantes selecionados passarão a estagiar na Sanofi e terão integrações com bolsistas de outros quatro países que participam do programa: Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido. A Bolsa Sanofi Geração do Futuro integra a iniciativa Um Milhão de Diálogos, que tem como objetivo fomentar a confiança de grupos minorizados na área de saúde, com o investimento global de €50 milhões até 2030.

Anvisa nega proibição de flores de Cannabis

É fato que a terapia canábica virou sinônimo de CBD (Canabidiol), apesar de não ser a única substância da planta, apenas a mais pesquisada e popular entre os pacientes – principalmente na forma de gotas. A Cannabis tem mais de 150 elementos, que interagem entre si, e dependendo do tratamento, juntos produzem efeito mais rápido no organismo. Por isso, há casos em que os médicos indicam as flores no lugar do óleo.
A eficiência das flores é inegável, tanto que a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) tem uma portaria específica (RDC 660), que autoriza a importação individual delas. Recentemente, essa possibilidade terapêutica virou alvo de discussão, entre os empresários do setor, que se acham prejudicadas por casos de prática ilegal.

O grande descontentamento é a quantidade de anúncios irregulares nas redes sociais, que acenam com a possibilidade da importação de flores, por meio da RDC nº 660, para uso recreativo, apesar de a permissão valer apenas para o medicinal.

Austrália autoriza uso médico do ecstasy e de alucinógenos

A Austrália se tornou, neste sábado (1º), um dos primeiros países a autorizar o uso do ecstasy e de fungos alucinógenos para o tratamento de transtorno de estresse pós-traumático e de alguns tipos de depressão.

O uso médico da MDMA, base da droga recreativa ecstasy, e da psilocibina, extraída de cogumelos, já havia sido autorizada em fevereiro pela agência australiana de controle de drogas. A partir de agora, as substâncias podem ser prescritas por psiquiatras.

Plasma Rico em Plaquetas: conheça técnica de fertilidade

De comum nos dois casos, o uso da técnica do PRP (Plasma Rico em Plaquetas), um concentrado de plaquetas que é extraído do próprio sangue da mulher e injetado nos ovários ou no endométrio para tratar a infertilidade.

Esse procedimento já é comum no mundo em outras especialidades, como cirurgias ortopédicas, odontológicas, dermatológicas e até para fins estéticos. No entanto, sua utilização no tratamento de infertilidade é recente e se tornou mais conhecida após a pesquisa realizada por um grupo de médicos gregos que mostrou resultados promissores no tratamento de insuficiência ovariana com o uso de PRP.

Produto está em análise por Anvisa e outras agências

A Novo Nordisk, farmacêutica que produz a Icodec, informou que submeteu a aprovação da insulina semanal em abril à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O prazo para a avaliação da agência é de 16 a 24 meses. Só depois da aprovação é que haverá discussão sobre o preço e previsão de lançamento do produto. A empresa informa que a nova insulina também está em análise pelo FDA, EMA e NMPA – as agências reguladoras americana, europeia e chinesa.

Estudo aponta eficácia de dose semanal de insulina

Estudo divulgado na semana passada durante o Congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA) indica que uma nova injeção de insulina, de aplicação semanal, seria mais vantajosa do que a insulina de dose diária – utilizada atualmente por aqueles pacientes que não conseguem controlar a glicemia só com remédios. Segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o quinto país em incidência de diabete no mundo.
Ao fim de cerca de seis meses de análise, houve uma redução na hemoglobina glicada de 8,6% para 7% nos pacientes monitorados