Com mais M&As à vista, Eurofarma levanta R$ 500 mi com o Santander

A Eurofarma acaba de levantar R$ 500 milhões com a emissão de uma debênture — em mais um movimento da gigante farmacêutica para montar um colchão de liquidez para M&As transformacionais.

A dívida tem prazo de seis anos, com as amortizações começando no quarto ano.

A taxa foi de CDI + 2,3% e a subscrição foi feita pelo Santander Brasil, que pode distribuir os títulos ou mantê-las no próprio book.

O CFO Alexandre Palhares disse ao Brazil Journal que a taxa foi um pouco mais alta porque a emissão permite que a Eurofarma pré-pague a operação a qualquer momento na curva, sem ter que pagar prêmio por isso.

“Isso faz sentido dentro da nossa estratégia. Estamos levando a estrutura de capital da companhia para um nível mais estressado agora, para ter liquidez para fazer M&As maiores, transformacionais,” disse o CFO. “Mas depois pretendemos fazer uma operação de equity que traga a alavancagem de volta para baixo.”

Seja levantando equity – por meio de um IPO ou uma captação privada – ou quando obtiver uma dívida mais barata, Palhares estima que a Eurofarma pré-pagará a dívida em até dois anos.

Raia Drogasil impulsiona inclusão digital de Baby Boomers e aumenta uso do e-commerce

A rede Raia Drogasil, reunindo as marcas Raia e Drogasil, trouxe a público seu case “40 Mil Netos”. A ação tem como foco auxiliar a geração Baby Boomer na adaptação às ferramentas digitais, fomentando a independência no uso do e-commerce. A iniciativa contou com o apoio da Zmes, agência consultiva com especialização em Growth, que atuou na promoção das ações de crescimento na rede de farmácias.

A estratégia teve início com a transição dos descontos personalizados do Cupom Físico para o aplicativo da empresa, com descontos ainda mais atrativos no ambiente digital. Seguindo a estratégia, a Raia Drogasil capacitou 40 mil funcionários, predominantemente da geração Z, das farmácias Raia e Drogasil para prover assistência aos clientes nas lojas físicas.

Um destaque especial foi dado ao público idoso, que tem relevância nas compras em lojas físicas, mas mantém uma interação menor com o aplicativo, um reflexo de características geracionais. A estratégia buscou estabelecer uma conexão entre a geração Z e os Baby Boomers, com os funcionários auxiliando na experiência de compra digital – desde o download do aplicativo até a retirada do produto na loja.
A iniciativa mostrou resultados notáveis. As marcas Raia e Drogasil registraram um aumento de 29% nas vendas para novos compradores online, além de mais de um milhão de downloads mensais do aplicativo, com 65% destes realizados nas lojas com assistência dos funcionários.

Isso levou o aplicativo das farmácias a se tornar o segundo com mais tráfego digital do setor farmacêutico globalmente. Com isso, a Raia Drogasil alcançou um market share digital de 40%, liderando o e-commerce do varejo farmacêutico brasileiro.

Hidratante labial Carmed Fini viraliza nas redes sociais

Os novos hidratantes labiais se tornaram a sensação das redes sociais e têm gerado uma avalanche de posts sobre a caça aos produtos, que estão esgotando rapidamente nas farmácias. A expectativa da farmacêutica é atingir R$ 8 milhões em vendas no primeiro mês e R$ 40 milhões até o final do ano no segmento B2B.

A ideia da collab surgiu quando a Fini procurou a Cimed para uma parceria na distribuição da marca no varejo independente. “O co-branding é uma grande tendência no mercado e traz resultados positivos para ambas as marcas. Agrega valor para os envolvidos, alcança um maior público e ainda possibilita a transferência de valor de um produto para o outro. Juntamos a hidratação profunda diária que o consumidor já conhece com a marca de balas mais querida do Brasil em uma collab desejo”, explica Fernando Sodré, Diretor de Marketing da Cimed.
Por conta da escassez, organicamente foi criada uma rede de “Caça ao Carmed Fini”, gerando uma avalanche de postagens reais em todas as redes sociais. Só no Tik Tok, os vídeos falando do produto, que usam a hashtag #carmedfini já somam mais de 160 milhões de visualizações. Já no Instagram, foram mais de 400 mil contas alcançadas e 1.4M de impressões.

“Sabíamos que os produtos tinham um grande potencial de viralizar nas redes sociais, mas superou nossas expectativas. Desde quando começamos a postar sobre a parceria a repercussão foi muito positiva e estamos muito felizes com o resultado. Foi uma decisão nossa apostar apenas nas redes sociais para o lançamento e não investir em outras frentes. Isso mostra que fizemos a escolha certa”, conclui Karla Felmanas, Vice Presidente da Cimed.

Sírio anuncia faculdade e abertura de 3 graduações na área da Saúde

O Hospital Sírio-Libanês anunciou no dia 19 a criação de uma faculdade e a abertura de três cursos de graduação na área da Saúde, com vestibular previsto para este ano e início das aulas em 2024. O anúncio veio após a instituição obter credenciamento para funcionar do Ministério da Educação (MEC), conforme portaria do órgão publicada neste mês. Os três primeiros cursos oferecidos pela Faculdade Sírio-Libanês serão os de Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia, todos na modalidade presencial. As inscrições para o vestibular terão início na segunda quinzena de julho e o exame será em novembro.

A instituição já anunciou que oferecerá “futuramente” também o curso de Medicina. Em entrevista ao Estadão no ano passado, o CEO do Sírio, Paulo Nigro, disse que a previsão era de que a graduação fosse aberta até 2024. No material divulgado à imprensa, o plano de abertura da graduação é mantido, mas sem previsão de data. As aulas acontecerão em um novo prédio na Bela Vista (região central de São Paulo), próximo da Avenida Paulista. De acordo com o Sírio-Libanês, o lugar terá 11 andares com “estrutura de ponta, salas equipadas com instrumentos de ensino de última geração e laboratórios de simulação”.

Fungo perigoso: quais são os riscos de surtos de Candida auris no Brasil?

Junto a outras três espécies (uma do mesmo gênero, o Candida albicans, conhecida por causar candidíase genital e “sapinho”), o Candida auris está na lista de fungos que apresentam risco à saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A infecção oportunista e invasiva causada por ele atinge principalmente pacientes imunossuprimidos (como pacientes oncológicos, transplantados e com HIV) e acamados em hospital por longos períodos.

Conforme a OMS, a levedura pode causar candidíase invasiva no sangue (candidaemia), coração, sistema nervoso central, olhos, ossos e órgãos internos. A mortalidade geral variou de 29% a 53%. “Pacientes com candidemia por C. auris permaneceram mais tempo no hospital ou na UTI do que aqueles com candidemia causada por outras Candida spp”, diz manual da organização internacional.

Nos Estados Unidos, um estudo descobriu que os registros de infecção passaram de 476 em 2019, para 756 em 2020, e, depois, para 1.471 em 2021. Ou seja, oscasos triplicaram em três anos. Os médicos também detectaram o fungo na pele de milhares de outros pacientes, com risco de transmissão para outros. Eles associam o problema à sobrecarga do sistema da saúde com a pandemia, que tirou de foco a desinfecção de outros agentes nocivos que não fossem o novo coronavírus.

Brasil é o3º colocado em visitas a farmácias digitais

Já no Brasil, há um padrão de tráfego semelhante. Porém, chama a atenção o Ozempic – medicamento para diabetes que está viralizando entre consumidoras em busca de emagrecimento.

Durateston

Minoxidil

Venvanse

Deposteron

Ozempic

Farmácia

Colágeno tipo 2

Ritalina

As farmácias digitais que receberam o maior volume de tráfego do Ozempic foram a Droga Raia (31,55%), Drogaria São Paulo (19,98%), Drogasil (7,64%) e Drogarias Pacheco (5,94%).

Paraná isenta ICMS de 87 medicamentos

A minuta do decreto tem como base o Convênio ICMS 132/2021, estabelecido no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), colegiado que reúne os secretários da Fazenda de todos os estados e do Distrito Federal. Os 87 medicamentos do novo rol juntam-se a outros 82 remédios que já usufruíam do benefício. Com a atualização, um total de 169 fármacos usados no tratamento de câncer passam a ser contemplados pela isenção fiscal.

Entre os medicamentos adicionados à lista, estão o abemaciclibe, usado no tratamento de alguns tipos de câncer de mama; o cisplatinum, voltado para pacientes com câncer de ovário, testículos, bexiga e esôfago; e o acetato de degarelix, que trata tumores de próstata. A alíquota-base de ICMS sobre medicamentos, agora zerada para esta classe de fármacos, é geralmente de 19%.

Viveo quer ser uma one stop shop da saúde

Após promover 19 aquisições nos últimos dois anos e passar por uma reformulação completa que incluiu até a mudança do nome, a Viveo (ex-Mafra) – ecossistema que reúne empresas especialistas que atuam desde a fabricação de produtos e distribuição de materiais e medicamentos – agora que arrumar a casa. O objetivo é integrar as aquisições recentes para se tornar uma empresa one stop shop na área da saúde.

Em entrevista para a IstoÉ Dinheiro, o CEO Leonardo Byrro disse que quer ser o lugar de destino que as pessoas vão buscar tudo o que elas precisam para operar um negócio no dia a dia.

Com um faturamento de R$ 2,8 bilhões no primeiro trimestre, 47,4% a mais que no ano passado, o executivo estima um crescimento orgânico de 15%. A atuação da empresa pode ser dividida em quatro grandes unidades de negócios. A Mafra, que herdou o nome original, é a maior e cuida da distribuição a hospitais e clínicas oncológicas.
Com o crescimento, a empresa passou a ter uma frente de atendimento direto ao consumidor com a Far.me. A aquisição foi concluída em fevereiro deste ano, após investimento inicial ainda em 2020. A startup oferece assinatura de medicamentos para os consumidores e tem como foco aquelas pessoas com doenças crônicas que fazem uso contínuo de remédios. É como se a Viveo pegasse a experiência em logística e administração de estoque de hospitais e transportasse para uma única pessoa. Já são mais de 4 mil assinantes entre São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG).

Na lógica de integração de seus serviços, a Far.me abre espaço para que a Viveo atue junto a outras empresas do universo de saúde. Isso porque, além de garantir a entrega de remédios, a iniciativa promete um sistema de apoio ao paciente para tirar dúvidas. Em conjunto com a disponibilidade, segundo Byrro, tem potencial para diminuir as chances de abandono de tratamento e consequente retorno aos hospitais e aumento da sinistralidade dos planos. “Queremos criar um modelo no qual a gente diminua o custo de saúde como um todo por meio de uma adesão maior ao tratamento”, disse.

Setor farmacêutico deve crescer até 10,5% em 2023

De acordo com o Índice Antecedente de Vendas (IAV/IDV), elaborado com base nas projeções das empresas associadas ao IDV e apurado pela consultoria EY, o setor de artigos farmacêuticos, medicamentos e perfumaria registrou um crescimento de 18% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período em 2022.

De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria IQVIA para o varejo farmacêutico, a expectativa é de que o segmento cresça até 10,5% em 2023. Os resultados já alcançados no primeiro trimestre e em abril deste ano confirmam essa previsão e mantêm a expectativa de expansão de dois dígitos nos próximos meses.
Dentre todos os setores analisados no relatório do IDV, o setor farmacêutico se destacou como o que apresentou o maior crescimento no primeiro trimestre de 2023. O mês de março foi particularmente favorável para o segmento, que alcançou o melhor resultado dos últimos anos, com um crescimento de 21,1% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Os bons resultados se estenderam para o mês de abril, no qual o setor de artigos farmacêuticos e medicamentos registrou uma receita de vendas 16% maior do que no mesmo mês do ano anterior.

Esses números expressivos são reflexo de um conjunto de fatores que têm impulsionado o crescimento contínuo do varejo farmacêutico. O governo federal estabeleceu um valor máximo de reajuste dos medicamentos em 5,6% para 2023, um valor inferior ao previsto no ano anterior, o que proporciona mais previsibilidade para as empresas e consumidores.

Além disso, desde o início deste ano, o Ministério da Saúde tem enfatizado o fomento da produção nacional de medicamentos como uma prioridade. Outro fator que contribui para o cenário positivo é a reformulação do Programa Farmácia Popular. Para 2023, o programa recebeu o menor orçamento da história, mas é esperada a uma reformulação que certamente vai impactar positivamente o setor.