Farmacêutica Daiichi Sankyo vai investir R$ 400 milhões em fábrica no Brasil

A farmacêutica japonesa Daiichi Sankyo vai investir cerca de R$ 400 milhões para ampliar a fábrica que opera em Barueri (SP), em movimento que permitirá mais que dobrar a capacidade de produção de medicamentos na unidade brasileira.

Conforme a multinacional, o projeto de expansão faz parte de um plano estratégico focado no aumento da capacidade produtiva na fábrica local, com vistas a atender ao crescimento da demanda em todas as regiões do país e em outros países da América Latina.

Até 2025, quando a ampliação deve entrar em operação, a capacidade de produção local deve saltar de 350 milhões para 900 milhões de compridos por ano. A empresa projeta atingir R$ 2 bilhões de faturamento em 2026.

Os recursos serão aplicados tanto na ampliação de capacidade produtiva quanto nos setores de embalagem e almoxarifado. A divisão de “cuidados primários à saúde” será uma das principais beneficiadas, possibilitando crescimento de volume em medicamentos já estabelecidos e abrindo espaço para futuros lançamentos.

Fitch Afirma Ratings da Eurofarma em ‘AAA(bra)’; Perspectiva Estável

Os ratings da Eurofarma refletem seu forte perfil de negócios na defensiva indústria farmacêutica do Brasil, suportado por relevante posição competitiva, robusta geração de fluxo de caixa operacional (CFFO) e adequado fluxo de caixa livre (FCF) antes dos dividendos, ambos testados em diversos ambientes econômicos adversos. A internacionalização dos negócios da companhia, que atua em 22 países, é positiva e se reflete em aumento de escala e diversificação geográfica e de produtos, posicionando-a entre as principais empresas do setor. A estrutura de capital é historicamente conservadora. Um aumento moderado da alavancagem deve ocorrer em 2023, em razão das potenciais aquisições realizadas, com retorno aos patamares históricos a partir de 2024. A Perspectiva Estável do rating corporativo reflete a expectativa de que a Eurofarma continuará registrando robusta geração de caixa operacional e preservará sua estrutura de capital e sua liquidez em patamares conservadores nos próximos anos, mesmo diante de aquisições relevantes.

Expectativa de Melhora das Margens Operacionais: O crescimento esperado da receita, os lançamentos de produtos e as melhoras de eficiência devem sustentar o fortalecimento gradual das margens operacionais da Eurofarma, mesmo com os maiores investimentos em P&D. A expectativa é de margens de EBITDA próximas a 22% ou 23% nos próximos anos, frente à média de 19,7% nos últimos seis anos. O cenário-base da Fitch incorpora a manutenção da margem bruta e reajustes de preço médio (receita bruta sobre volume total) em torno de 5% a 6% nos próximos anos, além de crescimento anual do volume de vendas entre 10% e 15%, excluindo aquisições. O segmento de prescrição e genéricos possui elevada participação na geração de caixa da Eurofarma, e as vendas por produto não são concentradas. Em 2022, os vinte maiores clientes representavam aproximadamente 36% do total comercializado.

Geração de Caixa Robusta: A Eurofarma possui forte capacidade de gerar caixa, e a expectativa é de que reporte EBITDA de BRL2,2 bilhões e CFFO de BRL900 milhões em 2023 e BRL2,7 bilhões e BRL1,2 bilhão, respectivamente, em 2024, incluindo receita de BRL700 milhões a BRL800 milhões, proveniente das aquisições recentes. O FCF deve ser negativo em BRL150 milhões, impactado principalmente pelos elevados investimentos de BRL700 milhões no complexo industrial de Montes Claros, e os dividendos distribuídos devem ser mais baixos (BRL50 milhões). A partir de 2024, a redução de investimentos para cerca de BRL250 milhões a BRL350 milhões permitirá o retorno da geração de caixa livre a patamares positivos e mais condizentes com a classificação.

Estrutura de Capital Conservadora: A alavancagem da Eurofarma, medida pelo índice dívida líquida ajustada/EBITDA, ficou, em média, abaixo de 1,0 vez nos últimos cinco anos e atingiu 1,7 vez ao final de 2022. Este índice deve ficar próximo a 2,5 vezes ao longo de 2023, com expectativa de redução para menos de 2,0 vezes a partir de 2024, à medida que a empresa fortalece a sua geração de caixa operacional. Esta capacidade deve sustentar a estratégia de crescimento da Eurofarma nos próximos anos, financiada com um mix de geração de caixa própria e novas dívidas, com pressões gerenciáveis na estrutura de capital. A Fitch estima aumento da dívida bruta da companhia para BRL5,7 bilhões ao final de 2023, de BRL4,4 bilhões em março de 2023 e BRL3,7 bilhões ao final de 2022.

PRINCIPAIS PREMISSAS

As Principais Premissas da Fitch Para o Cenário de Rating da Eurofarma Incluem:

— Crescimento da receita de 25% em 2023 e de 20% em 2024;

— Investimentos anuais de BRL1,0 bilhão em 2023 e de BRL350 milhões a partir de 2024;

— Aquisições totalizando BRL2 bilhões em 2023;

— Novos financiamentos e emissões de dívida de BRL2,5 bilhões em 2023;

— Dividendos de BRL50 milhões em 2023 e de BRL240 milhões em 2024.

Prêmio Euro Inovação na Saúde tem 60 projetos finalistas; votação segue até 28 de junho

Em sua segunda edição, o Prêmio Euro Inovação na Saúde, iniciativa da Eurofarma, primeira multinacional farmacêutica brasileira, reconhece grandes inovações dentro da área da saúde e incentiva o desenvolvimento de soluções para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Agora, a premiação entrou na fase de votação para a escolha dos 12 vencedores. Serão 11 prêmios de 50 mil euros e um grande prêmio de 500 mil euros. Nesta fase, médicos da América Latina podem votar até o dia 28 de junho nas iniciativas que acharem mais inovadoras, diretamente em premioeuro.com. A partir de julho, a comunidade médica será convidada a realizar uma segunda votação para escolher o grande destaque.

Renato Porto, ex-diretor da Anvisa, assume presidência da Interfarma

A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que reúne laboratórios nacionais e estrangeiros com presença no mercado brasileiro, tem novo presidente-executivo a partir de hoje.

Renato Porto, ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sucedeu Eduardo Calderari, que ocupava interinamente a posição desde outubro, quando Elizabeth de Carvalhaes deixou o cargo.

Segundo a entidade, a contratação de Porto, que também tem passagens pela iniciativa privada, “atende ao compromisso da Interfarma e suas associadas de melhorar o acesso dos brasileiros à saúde e tecnologia, por meio de medicamentos e tratamentos inovadores”.

Saúde compra R$ 392 mi em remédios sem registro da Anvisa

Segundo integrantes da indústria, o processo de registro e o compromisso de monitorar o produto no mercado podem elevar o preço das vendas.

“Tanto no caso da imunoglobulina como no da insulina temos produtores no Brasil”, afirmou o presidente-executivo do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), Nelson Mussolini.

“Entendemos que, para o fortalecimento do complexo industrial da Saúde, as regras regulatórias da Anvisa devem ser seguidas. Importar produtos sem registro põe em risco a população brasileira”, declarou ainda Mussolini.

A compra sem registro, de imunoglobulina, foi dividida entre duas empresas.

Uma delas, a Auramedi, tem poucos negócios com a União. Segundo dados do portal da transparência, a empresa recebeu cerca de R$ 21 mil em todos os contratos já firmados com a gestão federal.

Agora, a empresa com sede em Aparecida de Goiânia, Goiás, vai entregar lotes de imunoglobulina comprados pelo governo por R$ 285,8 milhões.

De acordo com a empresa, o produto é fabricado pela farmacêutica chinesa Nanjing Pharmacare, a mesma que forneceu a maior parte da imunoglobulina comprada pelo SUS nos últimos anos, também em contratos emergenciais.

Além disso, a empresa diz que conta com serviço de atendimento por telefone a pacientes com dúvidas sobre o produto ou reações adversas.

Outra parcela da imunoglobulina, de R$ 87,63 milhões, será entregue pela Prime Pharma LLC, representada no Brasil pela empresa Farma Medical, de Manaus, Amazonas.

Em nota, a empresa brasileira afirma que vendeu cerca de R$ 70 milhões em imunoglobulina a hospitais federais, estados e municípios em 2022. O produto comprado pelo Ministério da Saúde, ainda segundo a empresa, é fabricado pelo laboratório chinês Harbin Pacific, certificado pela agência sanitária local.

Comprimido de semaglutida atinge resultado comparável à Wegovy injetável, diz empresa

A Novo Nordisk divulgou nesta segunda-feira (22) que os dados de um estudo em estágio final mostraram que uma versão oral de seu medicamento semaglutida para perda de peso ajudou adultos com sobrepeso ou obesos a perder em média entre 15% a 17% de seu peso corporal, comparável a seu remédio injetável Wegovy.

A farmacêutica dinamarquesa disse em um comunicado que os resultados principais foram estatisticamente significativos e mostraram perda de peso superior quando comparados a um placebo.

A empresa espera registrar um pedido para aprovação regulatória nos Estados Unidos e na União Europeia em 2023. O lançamento global do medicamento oral de semaglutida de 50 miligramas depende de prioridades de portfólio e capacidade de fabricação, acrescentou a empresa sem dar mais detalhes.

Remédio da Pfizer resulta em níveis de perda de peso semelhantes aos do Ozempic

O medicamento para diabetes da Pfizer resultou em perda de peso semelhante à do Ozempic, da Novo Nordisk, em um estudo de fase intermediária realizado em pacientes com diabetes tipo 2, segundo dados publicados em uma revista médica.

As ações da Pfizer subiam cerca de 4,5% após a notícia, em um momento de maior interesse por parte dos investidores no mercado de tratamentos para perda de peso, que deve chegar a US$ 100 bilhões (quase R$ 500 bilhões) até o final da década.

O danuglipron da Pfizer, quando administrado duas vezes ao dia, reduziu os níveis de açúcar no sangue em pacientes em todas as doses e reduziu o peso corporal na dose mais alta após 16 semanas em comparação com o placebo, de acordo com dados de fase intermediária publicados no ano passado pela farmacêutica norte-americana.

Porto Seco quer ser hub logístico líder no canal farma

Com a meta de ser o principal hub logístico do canal farma brasileiro, a Porto Seco Sul de Minas está em um vigoroso projeto de expansão estrutural, na contramão do atual cenário do mercado de galpões.

O grupo com know-how de 50 anos, estrutura de ponta e localização estratégica em Varginha, no Sul de Minas, já atraiu dezenas de empresas do setor, devem movimentar mais de R$ 15 bilhões no local em 2024.

O complexo, que já disponibilizava uma área de 120 mil m², inaugurou neste mês um novo galpão logístico de 84 mil m². O espaço tem como foco a indústria farmacêutica e de higiene e beleza, fornecedores de matéria-prima, além de distribuidoras de medicamentos. Além disso, o condomínio conta com o diferencial de ter um recinto alfandegado, proporcionando um ecossistema completo para o canal farma.

A primeira fase do empreendimento de 120 mil m² foi concluída em 2017, ano em que a Eurofarma e a Momenta se tornaram as primeiras indústrias farmacêuticas a se fixarem no local. A partir de então, instalaram-se no condomínio laboratórios como Libbs, Cellera e Arese, além do Grupo Boticário e das distribuidoras Panpharma e SantaCruz.

Teuto lança Valsartana

O Laboratório Teuto expande a categoria de genéricos com o Valsartana na apresentação de 160 mg, em embalagem com 30 comprimidos. A novidade é parte da estratégia da farmacêutica de lançar 220 medicamentos nos próximos anos.

O Valsartana é destinado para o tratamento da pressão alta, insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio, auxiliando na redução da pressão arterial para níveis normais. A dosagem de 160 mg completa a versão de 80 mg, comercializada pela empresa desde 2020 e que já lidera o mercado de genéricos.

Experiência médica na Mantecorp

Lidiane Indiani é a nova gerente médica da Mantecorp, respaldada pelos 15 anos de trajetória na medicina, com foco em pediatria, endocrinologia e diabetes.

Seu currículo inclui passagem pela GSK. Os últimos cinco anos foram dedicados à Torrent, onde liderou a unidade de negócios cardiometabólica.

Com formação em medicina pela Universidade de Marília, fez pós-graduação em diabetes e endocrinologia pela USP. Tem MBA em marketing e em gestão de pessoas com ênfase em liderança organizacional, ambos pela FGV. Em 2022, certificou-se em gestão de negócios no mercado farmacêutico na ESPM.