O que a Votorantim viu na Hypera

A Votorantim “já vinha dizendo que saúde se encaixa no portfólio, e esta é uma empresa de referência do setor, uma empresa grande e líquida,” uma fonte próxima à Votorantim disse ao Brazil Journal.

A compra vem num momento em que a ação da Hypera tem sentido o overhang das discussões sobre a reforma tributária. A principal discussão hoje é o fim do JCP, dado que a Hypera é uma das empresas que mais se beneficiam da dedutibilidade deste instrumento no imposto de renda e na CSLL.

A Hypera vale R$ 23,7 bilhões na Bolsa. A companhia de João Alves de Queiroz Filho, o “Júnior”, negocia a 13x o lucro estimado para este ano e 10,6x o de 2024.

Hypera (HYPE3) fecha em alta com entrada da Votorantim no capital da farmacêutica

Holding, que não aparecia entre os acionistas com participação relevante, alcança participação de 5,11% das ações ordinárias de uma das maiores farmacêuticas brasileiras
A participação se deu por meio da contratação de instrumentos financeiros derivativos com liquidação financeira referenciados nas ações, diz a Votorantim.

O conglomerado afirma que a participação não tem como objetivo alterar a composição de controle ou a estrutura administrativa da Hypera.

No último formulário de referência da Hypera, publicado em março, a Votorantim não aparecia entre os acionistas com participação relevante.

Mais cedo, o Goldman Sachs cortou o preço-alvo de Hypera de R$ 53 para R$ 51. Os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira escrevem que os preços atuais das ações da fabricante de remédios já parecem colocar em conta os possíveis efeitos do fim dos juros sobre capital próprio com a reforma tributária.

O banco estima que a empresa teria que aumentar preços em torno de 3% para mitigar as perdas que teria com o fim do instrumento, o que seria possível em categorias onde tem maior poder de mercado.

CVM aceita proposta de termo de compromisso com diretor da Hypera S.A.

Processo apura suposta realização de operações em período vedado.
O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em reunião no dia 9/5/2023, analisou a proposta de Termo de Compromisso do Processo Administrativo (PA) CVM 19957.014736/2022-16, apresentada por Adalmario Ghovatto Satheler do Couto, na qualidade de diretor de Relações com Investidores da Hypera S.A., previamente à instauração de processo administrativo sancionador (PAS).

A Procuradoria Federal Especializada junto à Autarquia (PFE-CVM) concluiu não existir impedimento jurídico para realizar o acordo.

Após negociações com o Comitê de Termo de Compromisso (CTC), o proponente se comprometeu a pagar à CVM R$ 127.500,00.

Com SUS, país supera média em ranking da saúde

Brasil ficou em décimo nono lugar em estudo global, com pontuação acima da média geral e da América Latina.
O estudo destaca ainda que, apesar do SUS ser um programa inclusivo, há problemas de acesso a medicamentos, que tem custo elevado aos brasileiros. Outro ponto destacado é a concentração de profissionais da saúde em grandes centros urbanos, em detrimento de áreas remotas.

Hypera

O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou proposta de acordo do ex-diretor de relações com investidores da Hypera, Aldamario Couto, mediante o pagamento de R$ 127,5 mil. O caso analisava operações com opções de compra da companhia pelo executivo em período vedado

Consolidação de mercado freia inovação nas farmácias

A inovação nas farmácias convive com um índice baixo de vitalidade. “Obviamente, o varejo farmacêutico vem ganhando protagonismo e rentabilidade. E redes como Raia Drogasil e Farmácias Pague Menos vêm se movimentando para abrir mais unidades e se conectar com startups. Mas o resultado tende a ser ganho de escala para as grandes, mas sensível redução de espaço para a concorrência e uma maior acomodação setorial”, contextualiza Felisoni.

O executivo ressalta que o termo baixa vitalidade não se refere às empresas e suas gestões, e sim ao fato de o setor não absorver novas operações com a mesma intensidade que outros segmentos. “Trata-se de uma dificuldade em função da própria competição, uma vez que a expansão das grandes redes ocupa um espaço geoeconômico bastante amplo, sinalizando uma dificuldade de inserção de novos players”, explica.

Novo medicamento contra diabetes ganha aval da Anvisa

Um novo medicamento contra diabetes tipo 2 recebeu a aprovação da Anvisa. O Jardiance® Duo (empagliflozina + cloridrato de metformina) foi desenvolvido a partir de uma parceria entre as farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly.

O novo medicamento é uma combinação fixa de empagliflozina e metformina, em adição a dieta e exercício físico. Destina-se a pacientes cuja glicemia não foi adequadamente controlada com metformina ou empagliflozina isoladamente ou em combinação com outros medicamentos redutores de glicose, quando o tratamento com ambos os remédios for apropriado ou quando os pacientes já utilizam os fármacos de forma separada .

“Jardiance® Duo chega para completar o portfólio da Boehringer Ingelheim de medicamentos focados no sistema cardio-renal-metabólico. Com isso, reforçamos nosso compromisso de levar novas e modernas opções terapêuticas para os vários tipos de paciente.“, ressalta Dra. Thais Mello, diretora médica da Boehringer Ingelheim.

Compras do SUS têm menos farmacêuticas nacionais

As compras do SUS vêm reduzindo a participação das farmacêuticas brasileiras. A conclusão é de um estudo do Grupo FarmaBrasil, que não esconde a preocupação com essa tendência.

O levantamento compara o fluxo de importação de medicamentos nos anos de 2010 e 2020. De dez anos para cá, a participação de produtos estrangeiros no volume de compras da rede pública saltou de 35,7% para 48,4%. E a situação claramente se agravou a partir da pandemia.

“Essa diminuição está atrelada à pressão por medicamentos de alta complexidade e pelos custos crescentes nas compras governamentais. Em paralelo, convivemos com a ausência de políticas públicas para desenvolver as farmacêuticas brasileiras frente às novas técnicas”, comenta o presidente da entidade, Reginaldo Arcuri.

Como consequência, o dirigente enxerga defasagens crônicas na viabilização de medicamentos avançados com uso de tecnologia nacional. “Por outro lado, percebemos um empenho da indústria brasileira na concepção de medicamentos que utilizam engenharia genética nas células. Os anticorpos monoclonais podem abrir caminho para o tratamento de diversas doenças como o câncer”, ressalta.