Eurofarma conclui compra de ativos e licença da Sanofi no Brasil e na América Latina

A Eurofarma informou em comunicado que concluiu a compra de ativos e licença da Sanofi para os mercados do Brasil, Colômbia, México, Argentina e Uruguai por 67,8 milhões de euros.

Segundo a farmacêutica, a aquisição contempla os produtos Digesan e Coltrax no Brasil, Winadeine na Colômbia, Dactil – OB e Omifin no México, Ladogal no Brasil, México, Argentina e Uruguai, e a licença para comercialização do Madecasol no México.

Quem é Carlos Sanchez, o Bilionário dos Genéricos

Seu conglomerado opera um império no setor farmacêutico com EMS, Germed Pharma e Legrand, que exporta para 55 países.

A empresa se beneficiou da adição de medicamentos genéricos no país e Carlos Sanchez ficou conhecido como o bilionário dos genéricos.
De acordo com o ranking de bilionários da revista Forbes 2023, Carlos Sanchez é a 24ª pessoa mais rica do Brasil, com uma fortuna estimada de US$ 1,4 bilhões e ocupa a 2020ª posição na lista de bilionários do mundo.

Hypera (HYPE3): ação sobe 3,5% apesar de pressão sobre capital de giro, com operações fortes sustentando visão positiva

Para o Itaú BBA, apesar da difícil base de comparação, já que a Hypera apresentou forte crescimento um ano antes, o que deveria pesar nos resultados do primeiro trimestre deste ano, a companhia surpreendeu e divulgou expansão de receita e lucratividade acima do esperado. Assim, o banco reiterou recomendação de “compra”, com preço-alvo de R$ 50 ao fim de 2023.

A fabricante de medicantes mostrou um crescimento orgânico de sell-out (venda dos produtos nas farmácias e redes) abaixo do mercado em vista de uma performance desafiadora em janeiro e fevereiro, apesar de março já ter mostrado boa melhora. A receita líquida cresceu 14% em um ano, com algum crescimento orgânico de receita, bom aumento da receita do segmento institucional e boa contribuição dos medicamentos da Sanofi.
O Bradesco BBI avaliou os resultados do 1T23 da Hypera como neutros em geral, embora ligeiramente acima da estimativa.

A receita cresceu organicamente 11% em base anual (sendo 14% no total), abaixo da orientação da empresa de 14% (principalmente orgânica) para 2023.

“Esperamos uma aceleração no crescimento no 2T23 a partir das vendas sell-out e a maturação dos lançamentos. As vendas sell-out cresceram 5,9% (contra 10,7% do mercado) devido a uma base de comparação rígida (com crescimento de 28%) em janeiro e fevereiro de 2022”, avalia.

O banco também destaca o capital de giro como ponto negativo, com deterioração de 8 pontos no comparativo anual, para 51% da receita devido aos estoques (usados para evitar a ruptura e apoiar as férias coletivas de abril), mas que devem cair no próximo ano dado: (i) a normalização do abastecimento de matérias-primas e (ii) o lançamento de produtos.

“Mantemos nossa recomendação de Compra, mas com um viés mais neutro em relação ao potencial fim da desoneração dos juros sobre capital próprio (-13% de impacto no lucro líquido de 2024). Os riscos relacionados ao potencial imposto de renda sobre um benefício fiscal de ICMS são muito baixos em nossa visão, uma vez que se trata de investimentos por meio de crédito presumido e iniciados vários anos antes da Lei Complementar 160/2017”, avalia.

A XP também segue com recomendação de compra, também fazendo a ponderação sobre o resultado misto da companhia.

“O lucro líquido ficou bem acima da nossa estimativa, independentemente de uma alavancagem financeira de 2,8 vezes – impactando o resultado financeiro. Por outro lado, a conversão de caixa operacional caiu 10,4 pontos percentuais no ano principalmente devido a níveis de estoque mais altos – o que esperamos que seja temporário. Apesar de não ver os resultados de forma positiva, mantemos uma postura positiva em relação à ação devido às perspectivas de crescimento e valuation”, destaca.

Hypera (HYPE3) reporta resultados acima do esperado e pode se tornar uma ‘vaca leiteira’ em breve, segundo analista

Para Ruy Hungria, analista de ações da Empiricus Research, os resultados foram acima do esperado, embora abaixo do mesmo período do ano passado.

O que é compreensível, na visão do analista, já que em 2022 houve mais consumo de antigripais, devido à variante Ômicron e ao aumento de casos de gripe. Diante disso, os números superaram a média, segundo ele.

A Hypera também mostrou crescimento orgânico de sell-out (venda dos seus produtos nas farmácias) abaixo do mercado, da ordem de 5%, com uma performance desafiadora nos primeiros dois meses do ano.

Porém, o mês de março já vem mostrando alguma melhora, com um crescimento de sell-out de 19%.

“O impacto negativo que tivemos ao longo deste trimestre muito provavelmente vai ser revertido nos próximos resultados. E isso significa não só uma maior geração de caixa, mas a possibilidade de redução de endividamento e até dividendos”, explica o analista.

Para Ruy, a companhia tem sofrido um pouco com os juros altos, pois precisou tomar crédito para fazer algumas aquisições estratégicas, mas pode virar o jogo em breve.

“Pensando no futuro, ela vai ter uma desalavancagem rápida e é uma companhia que vai proporcionar uma geração de caixa muito legal nos próximos anos”, diz.

Hypera (HYPE3) espera melhora de resultados com redução de estoques nos próximos trimestres

A farmacêutica Hypera (HYPE3) deve ter uma melhora nos resultados a partir do segundo trimestre, conforme trabalha em redução de estoques de insumos e produtos acabados com a normalização da demanda no Brasil, afirmou o presidente da companhia, Breno de Oliveira, nesta sexta-feira.

“Vamos ter muita melhoria de capital de giro nos próximos trimestres”, disse o executivo durante conferência com analistas.

Receita líquida da Hypera avança 3% acima do setor

A receita líquida da Hypera Pharma teve crescimento de 13,7% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo intervalo de 2022. O movimento de R$ 1,69 bilhão representou um avanço três pontos percentuais acima da performance geral da indústria farmacêutica.

Ainda segundo os dados do primeiro balanço trimestral do setor divulgado neste ano, o desempenho em março foi determinante para sustentar o resultado da companhia. O terceiro mês de 2023 registrou alta de 19,1% no sell-out, bem superior aos 5,9% registrados em janeiro e fevereiro – período de incertezas no canal farma em função de pressões da inflação sobre os custos operacionais.

As chamadas power brands, definição da IQVIA para as marcas que superam R$ 100 milhões em vendas nos últimos 12 meses, puxaram o incremento da Hypera Pharma. Presente em 96% das farmácias brasileiras, a companhia dobrou de dez para 20 o volume de produtos blockbusters desde 2018. A relação abrange Buscopan, Dramin, Engov e Vitasay.

Novo teste de remédio que bloqueia desenvolvimento de Alzheimer tem resultados promissores

Uma terapia desenvolvida no Reino Unido tem se mostrado eficaz no silenciamento de genes que predispõem pessoas a desenvolverem doença de Alzheimer ou demência. Os resultados da primeira fase de testes do medicamento, publicados na revista científica Nature Medicine, mostram que ele se demonstrou seguro e reduziu com sucesso os níveis da proteína tau – conhecida por causar a doença – nos pacientes que participam do estudo.

A terapia, chamada MAPTRx, age inibindo o gene MAPT, que codifica a proteína tau por meio da aplicação de BIIB080, uma droga composta por pequenas moléculas capazes de prevenir ou alterar a produção de proteínas. Logo, ele diminui a produção da tau e evita ou ameniza o curso da doença.

Ainda serão feitos mais ensaios, com grupos maiores de pacientes, para determinar se a terapia leva a um benefício clínico e deve ser disponibilizada, mas os resultados da primeira fase indicam que o método tem um efeito biológico relevante. Atualmente, não há tratamentos direcionados à proteína tau.

Concorrente do Ozempic: novo remédio para diabetes reduz peso em 16%

A farmacêutica Eli Lilly informou, nesta quinta-feira (27/4), que seu medicamento experimental contra a diabetes tipo 2 ajudou pacientes com obesidade ou sobrepeso a perderem até 15,7% do peso corporal. Os resultados foram encontrados em um grande estudo que está em fase avançada.

Os voluntários que receberam uma alta dose do medicamento Mounjaro – também conhecido como tirzepatida – perderam, em média, 15 quilos ao final de 72 semanas. A pesquisa contou com 938 adultos com obesidade ou sobrepeso e diabetes tipo 2.

Cerca de 82% das pessoas que usaram a dose de 10 mg e 86,4% das que fizeram uso de 15 mg perderam pelo menos 5% do peso corporal, em comparação com 30,5% dos indivíduos do grupo placebo que também perderam peso.