Anticoncepcional com estrogênio natural é aprovado pela Anvisa

Nextela que combina estetrol e drospirenona é resultado de parceria entre a Libbs e Mithra Pharmaceuticals, laboratório belga especializado em saúde feminina

Uma evolução em contracepção oral, que traz na associação o estetrol, um estrogênionatural mundialmente inédito, e que pode reduzir o risco de tromboembolismo venoso, tem baixa interferência na função endócrina, efeito neutro nas mamas e nos parâmetros lipídicos e dos carboidratos. O Nextela, aprovado pela Anvisa em março, tem como previsão de lançamento em 2024. A novidade possibilitará à comunidade médica oferecer uma opção inovadora de contracepção oral combinada, substancialmente com menor impacto no organismo. 3-5

Nextela é fruto de uma parceria firmada entre a Libbs, farmacêutica 100% brasileira com 65 anos de história, e a belga Mithra Pharmaceuticals, especializada em tecnologias voltadas para a saúde feminina.

O negócio milionário do cheiro de Anitta para a Cimed e a entrada em um novo segmento

Na sala ainda montada de uma recente convenção de vendas, na sede do grupo Cimed, em São Paulo, embalagens coloridas preenchem a parede de cima a baixo. São as caixas da linha de perfumes íntimos Puzzy by Anitta, parceria da cantora e empreendedora Anitta com a farmacêutica, lançada em agosto passado, que chega a seis fragrâncias. Mas a parceria deve crescer.

A dobradinha com a Cimed, na qual Anitta tem participação nas vendas, “previa o desenvolvimento de novos produtos”, disse ao NeoFeed Karla Felmanas, vice-presidente do grupo. O NeoFeed apurou que está nesta lista o lançamento de produtos cosméticos, alinhados ao estilo de vida da artista, e também de beleza íntima. A Cimed não quis comentar.

Mas como a Cimed estabeleceu no ano passado como meta lançar 150 produtos em cinco anos, em especial na área de medicamentos e vitaminas, ter no mercado lançamentos que se beneficiam do “efeito Anitta” é, no mínimo, estratégico.
Além de ampliar a parceria com Anitta, outra aposta de crescimento para a Cimed é a área de estética. Especificamente com o ácido hialurônico injetável, um setor em expansão em especial com a onda das harmonizações faciais.

Segundo o Painel de Harmonização Facial da IQVIA4, multinacional de informação em saúde e pesquisa clínica, o mercado de injetáveis estéticos (incluindo aí toxina botulímica, bioestimuladores de colágeno, ácido hialurônico, entre outros) cresceu 46,5 % no Brasil, em 2021.

A previsão é que mercado global de ácido hialurônico chegue a US$ 4,4 bilhões este ano e cresça numa média de 9,1% ao ano até 2027, segundo a consultoria Report Linker.

Faz sentido o alto preço dos remédios no Brasil?

O Governo aprovou, no início da semana, o reajuste de 5,6% para os preços dos remédios, válido em todo território nacional a partir de segunda-feira (3/4). O valor foi calculado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), obedecendo ao teto de medicamentos brasileiro. Contudo, uma pesquisa promovida pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) revela que o valor estabelecido pelo teto é muito alto – e, portanto, não cumpre a função de controlar variações de preços como deveria.

A Cmed é o órgão responsável por vincular um preço máximo aos medicamentos comercializados nacionalmente. As indústrias farmacêuticas, assim como o varejo, são obrigadas a respeitar o limite de valor pré-estabelecido e que varia para cada remédio. “Por ser muito alto, esse teto não impede, por exemplo, um aumento muito elevado no preço de remédios que possa prejudicar o acesso ou a própria compra pelo Sistema Único de Saúde”, afirmou, no programa PULSO, do Outra Saúde, Matheus Falcão, assessor do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). O programa foi ao ar na terça-feira, 4/4.

A pesquisa acompanhou dados de acesso a remédios desde a implementação do sistema de regulação, nos anos 2000, até agora. Apesar de especialistas considerarem o teto defasado, as regras jurídicas não permitem que a Cmed altere o limite atual. Para o Idec, a única possibilidade de alterar o teto de forma efetiva seria através de um projeto de lei. Falcão cita o PL 591, que tramita no Senado e propõe um conjunto de mudanças na regulação existente – inclusive o aumento da transparência exigida das farmacêuticas quanto aos custos reais de produção e distribuição de seus produtos.

Eli Lilly warns EU will miss out on key drugs under planned change to patent rules

Chief executive says draft plan to cut market exclusivity protection could make pursuing some treatments unviable

The chief executive of one of the world’s biggest pharma groups has warned Europe may miss out on new drugs for conditions such as heart disease and cancer if it pushes ahead with “troubling” new legislation.

David Ricks, Eli Lilly’s chief executive, said under a draft plan to cut market exclusivity protection from 10 to eight years, it might not be worth the industry pursuing treatments for chronic diseases or cancer trials.

He said investment in treatments for Alzheimer’s and obesity, where Eli Lilly has key potential medicines in its pipeline, would also be affected if generic drugmakers were allowed to create cheaper alternatives earlier.

Produção de medicamentos aumenta 30% na Blau

A produção de medicamentos de especialidades aumentará 30% na Blau Farmacêutica. A companhia acaba de obter aval para iniciar a comercialização de remédios injetáveis nas suas duas novas linhas fabris em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo.

O laboratório ampliará também para três o número de turnos na nova fábrica. “Essa planta foi inaugurada no final de 2022, com equipamentos de última geração, ambientes monitorados por inteligência artificial e um sistema integrado de Audit Trail, é focada na produção de medicamentos da unidade de especialidades. Tudo no mais alto nível em nossa indústria 4.0”, ressalta o CEO Marcelo Hahn.

A operação exigiu que a Blau reforçasse o contingente de colaboradores. A farmacêutica contratou 200 profissionais nos últimos quatro meses.