Índia investirá US$ 79,6 mi em sistema regulatório de medicamentos

A Índia investirá US$ 79,6 milhões para o fortalecimento de seu sistema regulatório de medicamentos. As informações são da Reuters. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Mansukh Mandaviya, nesta sexta-feira, dia 3, depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) levantou preocupações sobre xaropes para tosse produzidos no país estarem ligados à morte de 89 crianças em dois países.

A Índia é conhecida como a “farmácia do mundo” e suas exportações de produtos farmacêuticos mais que dobraram na última década, atingindo US$ 24,5 bilhões em 2021-22. A morte de pelo menos 70 crianças na Gâmbia e 19 no Uzbequistão no ano passado prejudicou essa imagem.

ANS inclui o Zolgensma no rol de coberturas obrigatórias

Em reunião ocorrida nesta segunda-feira, dia 6, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a incorporação do Zolgensma (onasemnogeno abeparvoveque) ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. O medicamento da Novartis é indicado para o tratamento de pacientes pediátricos com até 6 meses de idade com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo I que estejam fora de ventilação mecânica invasiva acima de 16 horas por dia.

Além dele, também foram incorporados mais três medicamentos:

Dupilumabe: para o tratamento de pacientes adultos com dermatite atópica grave com indicação de tratamento sistêmico e que apresentem falha, intolerância ou contraindicação à ciclosporina

Zanubrutinibe: para tratamento de pacientes adultos com linfoma de células do manto (LCM) que receberam pelo menos uma terapia anterior

Romosozumabe: para o tratamento de mulheres com osteoporose na pós-menopausa, a partir dos 70 anos, e que falharam ao tratamento medicamentoso

Pacientes solicitam maior acesso a tratamento contra fibrose cística que chega a R$ 880 mil por ano

Produzido pela Vertex, atualmente a única detentora da patente, o conjunto de drogas comercializados pelos nomes Trikafta (elexacaftor/tezacaftor/ivacaftor), Orkambi (lumacaftor/ivacaftor), Symdeko (tezacaftor/ivacaftor) e Kalydeco (ivacaftor) são capazes de modular a ação celular que leva ao acúmulo de muco nos pulmões e sistema digestivo. A expectativa é aumentar em até 27 anos a vida dos portadores da condição.

A fibrose cística é uma doença genética rara provocada por uma mutação no gene CFTR que impede a troca adequada de fluidos entre células, causando o acúmulo de muco nos pulmões e em outros órgãos. Se não tratada, causa piora na qualidade de vida durante a fase infantil e adolescente e pode levar também à morte precoce.

O problema é o custo do tratamento, avaliado em cerca de US$ 327 mil por paciente por ano (ou mais de R$ 1,6 milhão convertido diretamente, sem os descontos de acordo entre governo e farmacêutica), no caso do Trikafta, e US$ 300 mil (ou cerca de R$ 1,5 milhão), no caso do Kalydeco, levando pacientes e familiares a procurarem meios de ampliar o acesso.

Meio ambiente pode ser oportunidade, vê Amcham

Dentre as medidas que a Amcham propõe, está a construção de uma agenda bilateral buscando espaços de cooperação para economia global de baixo carbono. Sugere ainda estabelecer a participação dos EUA no Fundo Amazônia, atrair recursos para pesquisa, desenvolvimento e produção de energias renováveis, incluindo solar, eólica, hidrogênio verde, biocombustíveis avançados.

Diante de crescentes riscos disruptivos como os vistos com a pandemia e a guerra na Ucrânia, o documento ressalta a necessidade de resiliência de cadeias produtivas, assim como de segurança alimentar e energética.

A Amcham sugere plano de ação entre Brasil e EUA em nível ministerial e com a participação do setor privado para promover maior integração e resiliência nas cadeias bilaterais.

“O plano deve identificar oportunidades para cooperação em setores relevantes para os dois países, como semicondutores, baterias e carros elétricos, equipamentos médico hospitalares, medicamentos, minerais críticos, fertilizantes, entre outros”, afirma.