‘Quase 90% dos brasileiros acima de 16 anos se medicam sem orientação’, alerta psiquiatra

O uso indiscriminado de medicamentos é um problema galopante. Uma recente pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), em parceria com o Datafolha, apontou que quase 90% dos brasileiros acima de 16 anos fazem uso de substâncias sem qualquer orientação ou prescrição médica.

A pesquisa mostrou que a automedicação é maior entre os jovens. Na faixa entre 16 e 34 anos, 95% consomem remédios sem consultar um profissional de saúde. Já as pessoas com 60 anos ou mais se automedicam menos.

Medicamento em spray usado para depressão exige cautela

Como explica a farmacêutica Walleri Reis, membro do Grupo de Trabalho de Educação Permanente do Conselho Federal de Farmácia, a cetamina ou escetamina já era utilizada como anestésico, mas estudos recentes identificaram o potencial desse fármaco para ação em pacientes com quadro de depressão grave. ‘É uma inovação terapêutica importante visto que nós não tínhamos medicamentos que tivessem uma ação tão rápida (efeito em horas). Esse medicamento tem efeito antidepressivo por um mecanismo diferente dos demais antidepressivos registados e é muito rápido. Visto seus benefícios em depressão refratária, em especial nos casos graves, pós tentativa de suicídio, a formulação nasal, que é o Spravato foi aprovada. Só que ele não substitui os antidepressivos pra uso crônico porque o efeito dele não e duradouro’, ressalta Walleri.

Antibióticos líquidos estão em falta nas farmácias

‘Os antibióticos em líquido estão em falta. Estamos recebendo o genérico do metronidazol, o original não está vindo. O azitromicina líquido nós recebemos dez caixas recentemente, mas acabou rápido. A falta desse remédio líquido é no Brasil inteiro. A matéria prima deste remédio vem da China, que é a maior produtora desses princípios ativos, presentes nesse tipo de medicamento. Por conta da Covid eles estão com dificuldade na produção, está complicado conseguir a exportação da matéria prima. Por este motivo, alguns antibióticos em líquido estão em falta’, declarou.

Walgreens inicia aposta no mercado de ensaios clínicos

O objetivo é usar dados de pacientes de suas farmácias para aumentar o recrutamento em estudos conduzidos por fabricantes de medicamentos. As informações são da Reuters e da Fierce Healthcare.

Com o negócio de ensaios clínicos, a empresa planeja usar seu vasto acervo de dados e novos serviços para ajudar a reduzir custos para a indústria farmacêutica e capturar uma fatia do mercado de aproximadamente US$ 83 bilhões.

Grupo Panvel utiliza IA para identificar interações medicamentosas

Quando um médico prescreve um tratamento e os pacientes buscam o medicamento, a Panvel, por meio do sistema da NoHarm.ai, passa a concentrar as informações do paciente ao longo do tempo. A cada prescrição, a IA cruza as novas informações com o histórico do paciente e indica o melhor caminho rumo ao não dano, gerando alertas, quando necessário, que vão desde o corte do efeito de um medicamento pela interação até problemas mais avançados. “É uma evolução na jornada dos pacientes, especialmente os crônicos, que podem ter o acompanhamento do seu quadro a partir da primeira prescrição. Com apoio ferramental e clínico, as decisões são tomadas com base em dados”, pontua Machado.